MADEIRA Meteorologia

Sindicato e oposição processam Governo sul-africano e empresa Eskon por cortes de luz

JM-Madeira

JM-Madeira

Data de publicação
24 Janeiro 2023
18:51

Um dos principais sindicatos de trabalhadores da África do Sul e partidos políticos da oposição entraram hoje com uma ação judicial contra o Governo sul-africano e a empresa estatal Eskom por não garantir um fornecimento estável de energia.

"Os contínuos e persistentes apagões que têm abalado o fornecimento de eletricidade do país desde o segundo semestre de 2007 afetaram todos os sul-africanos, especialmente as pequenas empresas, centros de saúde e instituições de ensino", de acordo com uma declaração dos queixosos.

"A crise energética afetou o crescimento económico da África do Sul e resultou em perdas de emprego, encerramento de empresas e aumento da inflação", acrescentou.

Entre os 19 signatários do processo estão o secretário-geral da União Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (NUMSA), Irvin Jim, e os líderes da oposição Movimento Democrático Unido (UDM), Bantu Holomisa, e Build One South Africa (BOSA), Mmusi Maimane.

A queixa surgiu depois de a Eskom ter anunciado no fim de semana que estava a considerar impor cortes de energia programados ininterruptos para os próximos dois anos até à conclusão das reparações para resolver a grave crise na rede elétrica do país, que está quase inteiramente dependente da empresa estatal endividada.

Os queixosos opuseram-se a estes cortes e estão a tentar impedir, também através dos tribunais, um aumento de 18,65% nas tarifas de eletricidade pelo Regulador Nacional de Energia da África do Sul (NERSA), anunciado para cobrir as dívidas da Eskom.

Além de destacar Eskom, o processo acusa também o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e os ministros das Empresas Públicas, Pravin Gorhan, e Minerais e Energia, Gwede Mantashe, de não cumprirem as suas obrigações.

Corrupção, mau planeamento face à crescente procura de energia, avarias devido ao mau estado das infraestruturas envelhecidas de Eskom e o impacto da criminalidade (por exemplo, roubo de equipamento e cabos) estão entre os fatores na origem da crise elétrica do país.

Em dezembro passado, Ramaphosa atribuiu a crise à má gestão e corrupção na Eskom, num discurso proferido na 55ª Conferência Nacional do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder.

LUSA

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda que Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas