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Paquistão pede vigilância elevada perante crescente agressividade da Índia

Data de publicação
06 Maio 2025
16:32

O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, pediu hoje que o país mantenha um elevado nível de vigilância e esteja preparado para impedir qualquer violação da sua soberania, no contexto da crise com a vizinha Índia.

Sharif emitiu este apelo numa visita ao quartel-general dos Serviços Secretos do Paquistão (ISI), em que foi acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ishaq Dar, pelo ministro da Defesa, Khawaja Asif, e por outros altos responsáveis militares, indicou o seu gabinete num comunicado.

Durante a visita, Sharif e as outras autoridades “sublinharam o imperativo de manter uma elevada vigilância nacional, uma coordenação interagências sem falhas e uma preparação operacional reforçada para dissuadir e responder de forma decisiva a qualquer violação da soberania e da integridade territorial do Paquistão”.

Por outro lado, os membros do Governo foram informados sobre o grau de preparação do país para “a postura cada vez mais agressiva e provocadora da Índia” no âmbito da atual escalada de tensão.

Para tal, receberam um relatório sobre a evolução em matéria de segurança regional assim como sobre potenciais ameaças, relacionadas com opções militares convencionais, táticas de guerra híbrida e utilização de agentes (‘proxies’) terroristas.

O Paquistão e a Índia atravessam um dos momentos mais críticos dos últimos anos, após o ataque terrorista de 22 de abril que matou 26 civis, na maioria turistas indianos, na estância turística de Pahalgam, na Caxemira administrada pela Índia.

Nova Deli acusa o Paquistão, com o qual disputa Caxemira há mais de meio século, de estar por detrás do ataque, o que Islamabad nega.

Por enquanto, para além do habitual fogo cruzado ao longo da chamada Linha de Controlo (LoC) em Caxemira, a resposta indiana tem-se limitado ao plano diplomático, com a suspensão de vistos para cidadãos paquistaneses na Índia e a sua expulsão, o encerramento de fronteiras, a suspensão do comércio bilateral e a suspensão do Tratado das Águas do Indo, um documento fundamental para a relação entre Nova Deli e Islamabad desde a sua assinatura, em 1960, sob a égide do Banco Mundial (BM).

O Paquistão também reagiu com medidas que incluem restrições comerciais e restrições às companhias aéreas indianas. Islamabad apelou para um desanuviamento da situação, embora vários membros do executivo e dos seus serviços diplomáticos tenham considerado “iminente” uma incursão militar indiana e expressado a total preparação paquistanesa para enfrentá-la.

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