O número de pessoas que deixam a Suécia deverá ultrapassar o número de imigrantes em 2024, o que acontece pela primeira vez em mais de meio século, anunciou hoje o Governo conservador apoiado pela extrema-direita.
Segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística da Suécia, nos primeiros cinco meses do ano, a emigração foi mais importante do que a imigração no país escandinavo, tendência que deverá continuar, indicou a ministra das Migrações sueca, Maria Malmer Stenergard.
Ao mesmo tempo, os pedidos de asilo continuam a diminuir e atingiram o nível mais baixo desde 1997, acrescentou.
“Os esforços do Governo estão a dar frutos (...). Esta tendência para uma imigração sustentável é essencial se quisermos fortalecer a integração e reduzir a exclusão. Além disso, a emigração aumentou entre as pessoas nascidas em países como o Iraque, a Somália e a Síria”, argumentou Malmer Stenergard.
A Suécia tem recebido um grande número de imigrantes desde a década de 1990, principalmente de regiões assoladas por conflitos, incluindo a antiga Jugoslávia, Síria, Afeganistão, Somália, Irão e Iraque.
O líder conservador e primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, chegou ao poder em outubro de 2022, formando um bloco maioritário com o apoio do partido nacionalista Democratas Suecos, tendo, então, prometido reduzir drasticamente a imigração.