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Médio Oriente: MNE italiano diz que não se deixará intimidar após ameaças de grupo pró-palestiniano

Data de publicação
14 Novembro 2024
18:16

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) italiano, Antonio Tajani, afirmou hoje que não se deixará “intimidar por ameaças”, após receber uma carta de um grupo pró-palestiniano sobre o “apoio ilimitado” de Itália ao “crime de genocídio do povo palestiniano”.

“Não me vou deixar intimidar por ameaças. Mas considero preocupante o clima de ódio, incluindo o ódio pessoal, resultante das calúnias e falsidades de supostos intelectuais”, escreveu Tajani na rede social X (antigo Twitter), em resposta a um ‘post’ que o acusava de “corresponsabilidade no genocídio em Gaza”.

“Acabaram-se os maus professores que fomentam a violência indicando alvos a atingir. Continuaremos a trabalhar para a paz”, acrescentou o chefe da diplomacia e vice-primeiro-ministro italiano, partilhando o ‘post’ do controverso sociólogo Alessandro Orsini, que tem estado no centro da tempestade mediática em Itália desde que, há algum tempo, responsabilizou a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) pela guerra da Rússia na Ucrânia.

No seu ‘post’, Orsini diz que o ministro, que recebeu numerosas manifestações de solidariedade dos seus colegas de Governo e de outros partidos políticos, “é conhecido como Antonio Netajani” – um trocadilho com o apelido do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu -, por ser “um aliado próximo” do “Estado terrorista de Israel”.

O ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, tinha revelado antes que a carta recebida pelo MNE continha “ameaças inaceitáveis que exigem uma resposta firme e decidida de todos para evitar alimentar um clima de ódio e violência numa situação internacional extremamente complexa e delicada”.

“Os investigadores já estão a trabalhar para identificar os responsáveis”, acrescentou Piantedosi.

“Um aviso às autoridades dos países que apoiam a entidade sionista israelita, os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a Alemanha, França, Itália, perante o silêncio global e o apoio ilimitado ao crime de genocídio do povo palestiniano”, lê-se na carta, enviada ao gabinete de Tajani, no Palazzo Chigi, a sede do Governo italiano, em Roma.

A carta é assinada por um grupo chamado “Movimento Global contra o Estado terrorista nazi-sionista de Israel pela libertação da Palestina”, cuja existência era até agora desconhecida e que assegura que, a partir de 15 de novembro, usará “a força armada para atacar todos os interesses do Estado terrorista de Israel”, o que inclui “embaixadas, museus e todas as suas atividades e reuniões no mundo inteiro”.

“Neste contexto, convidamos os Governos acima mencionados a deixarem de apoiar política, económica e militarmente” Israel, pedindo-lhes que “adotem uma posição de neutralidade”, acrescenta-se na carta, citada pela comunicação social italiana.

A Faixa de Gaza é cenário de conflito desde 07 de outubro de 2023, data em que Israel ali declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 34 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 405.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 43.736 mortos (quase 2% da população), entre os quais 17.000 menores, e pelo menos 103.370 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer “o mais elevado número de vítimas alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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