Seis milhões de hectares de floresta foram queimados desde janeiro no Canadá, uma superfície 18 vezes superior à média dos últimos 10 anos, segundo o governo, que alertou segunda-feira para a degradação da qualidade do ar no país.
"Os canadianos estão confrontados com repercussões inéditas dos fogos florestais e o mais preocupante é que o ponto máximo da época só vai ser atingido dentro de algumas semanas", disse o ministro da Saúde, Jean-Yves Duclos, em conferência de imprensa.
No total, estão ativos 423 fogos no país, metade dos quais fora de controlo, tanto a leste como a oeste. Mais de 100 mil pessoas foram deslocadas este ano no Canadá por causa dos incêndios florestais.
Por outro lado, a principal dirigente da saúde pública canadiana, Theresa Tam, avisou: "Pouco importa onde vive: você pode ser incomodado pelo fumo".
Em particular, realçou, a maior ameaça vem dos numerosos poluentes e partículas finas que estão no fumo.
Nas zonas muito afetadas pelos fumos dos incêndios, as autoridades abriram centros onde o ar é filtrado e já recomendaram eu as pessoas evitem sair de casa e, se o fizerem, que usem uma máscara.
Para mais, uma vaga de calor vai afetar parte do leste canadiano, em especial o Quebeque, a partir de terça-feira, com temperaturas bem acima do habitual.
O Canadá, que, pela sua situação geográfica, está a aquecer mais depressa do que o resto do planeta, tem sofrido nos últimos anos acontecimentos meteorológicos extremos, cuja intensidade e frequência estão a aumentar devido às alterações climáticas.
Lusa