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Futuro chanceler alemão pede à Rússia que respeite integridade da Ucrânia

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Data de publicação
07 Dezembro 2021
14:43

O futuro chanceler alemão, o social-democrata Olaf Scholz, exortou hoje a Rússia a respeitar a integridade da fronteira ucraniana e descreveu a situação criada pela movimentação de tropas russas como "muito grave".

"Para nós, a inviolabilidade das fronteiras é inquestionável", disse Scholz na sua primeira conferência de imprensa depois da assinatura, em Berlim, do acordo de coligação entre SPD (sociais-democratas), Verdes e os liberais do FDP.

A situação nas fronteiras da Ucrânia é "muito, muito grave", insistiu, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Kiev e os países ocidentais têm denunciado a concentração de milhares de soldados russos junto à fronteira com a Ucrânia e manifestado o receio de que a Rússia possa atacar o país vizinho.

Scholz disse que a diplomacia é a única via capaz de resolver a questão e prometeu que o seu governo vai continuar os esforços de mediação no chamado formato Normandia, numa alusão ao diálogo com França, Rússia e Ucrânia sobre o conflito na região ucraniana de Donbass (leste).

"A única forma de melhorar a situação é através do diálogo", acrescentou.

Scholz disse também que o seu governo quer "continuar os esforços da Alemanha para criar uma União Europeia (UE) "forte e soberana".

"Ao mesmo tempo, vamos sublinhar a parceria transatlântica e a nossa cooperação na NATO", disse, citado pela agência Associated Press (AP).

O futuro chanceler alemão disse estar "muito grato" ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por enfatizar o conceito de uma "comunidade de democracias".

Questionado sobre se a Alemanha se vai juntar aos Estados Unidos no boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de inverno, na China, Scholz deixou o assunto em aberto.

"O nosso governo será formado amanhã. É importante para nós manter a cooperação e os canais multilaterais de cooperação", respondeu, segundo a EFE.

Olaf Scholz compareceu perante os jornalistas acompanhado pelo futuro vice-chanceler e ministro da Economia e do Clima, Robert Habeck (Verdes), e pelo ministro das Finanças designado, Christian Lindner (Liberais).

A copresidente dos Verdes, Annalena Barbock, será a ministra dos Negócios Estrangeiros.

Os três partidos têm 416 dos 736 lugares do Parlamento Federal, que vai eleger Scholz como chanceler na quarta-feira.

Olaf Shcolz, 63 anos, vai suceder à democrata-cristã Angela Merkel, que liderou o executivo alemão nos últimos 16 anos.

O acordo de coligação "Ousar mais progresso", de 177 páginas, foi assinado no Museu Futurium de Berlim.

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