O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, defendeu, hoje, a importância de defender "os maiores valores europeus" em tempo de pandemia. Entre estes destacou, em especial, a afirmação da Europa como "um espaço de liberdade, segurança e justiça".
Em declarações à entrada para o Conselho informal de ministros da Administração Interna da UE, que decorre por videoconferência, o governante salientou ainda a necessidade de o pacto garantir "a segurança das fronteiras externas, uma relação dinâmica com os países vizinhos em matéria de gestão das migrações e uma efetiva solidariedade entre os Estados-membros".
Para o Pacto de Migração e Asilo, proposto em setembro passado pela Comissão Europeia, Portugal propõe um princípio de "solidariedade obrigatória flexível" que permita encontrar uma série de formas diferentes de apoiar os chamados Estados-membros da linha da frente, como a Grécia, Itália ou Espanha, que enfrentam maior pressão migratória.
Nas últimas semanas, Eduardo Cabrita reuniu-se com os homólogos de Espanha, Itália, Grécia e Malta e dos países do chamado Grupo de Visegrado (Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia) para encontrar vias que permitam ultrapassar as diferenças entre os Estados-membros que defendem uma solidariedade obrigatória e uma distribuição dos requerentes de asilo, por um lado, e os que se recusam a acolher os migrantes no seu território, por outro.
Nesta reunião serão ainda a discutidas as garantias de funcionamento do espaço europeu de livre circulação Schengen, no contexto das restrições impostas devido à pandemia de covid-19, e o proposto reforço do mandato da agência policial europeia EUROPOL.
Lusa