A adaptação e a mitigação são desígnios fundamentais para encarar as alterações climáticas que, por esta altura, são inevitáveis.
Débora Santos, vice-presidente da Secção Regional da Madeira da Ordem dos Engenheiros Técnicos, afirmou na sua intervenção nas Jornadas Madeira que no que toca à mitigação, "muito há a fazer", em aspetos como o combate à pobreza energética, a mobilidade, a necessidade de redução de consumos e criação de mais espaços verdes urbanos.
Para além disso, uma vez que "seremos sempre confrontados com eventos climáticos extremos", há a "necessidade de apostarmos na adaptação", o que tem de ser feito através de uma "estratégia local, de cada concelho e de cada pessoa".
A engenheira sublinhou que a adaptação, ao contrario da mitigação (que deve seguir uma linha idêntica a nível global), deve acorrer aos limites mais baixos da governação, onde os impactos são mais sentidos. É aqui que as autarquias devem intervir, realçou Débora Santos, entidades estas que saberão as medidas e ações mais adequadas a cada local.
É nestes territórios que os danos são mais sentidos, e, consecutivamente, é ali que os danos podem ser evitados, sublinhou.
A cada ano aumentam prejuízos e temas em discussão no âmbito das alterações climáticas, alertou a engenheira, sendo que a adaptação às alterações climáticas são "o maior desafio e a maior arma" para enfrentar o prejuízo.
Catarina Gouveia