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Jornadas: Celso Bettencourt reitera necessidade de rever valor das bolsas de estudo

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Data de publicação
21 Junho 2022
11:18

Celso Bettencourt, presidente da junta de freguesia de Câmara de Lobos, focou a sua intervenção nas Jornadas do JM, em Câmara de Lobos, nas dificuldades sentidas pelos estudantes universitários, que se confrontam com um custo de vida cada vez mais elevado.

"Cerca de 10% dos estudantes da Região são de Câmara de Lobos e há uma preocupação crescente de haver um custo cada vez maiores dificuldades por parte dos alunos, sobretudo para os que saem da Região", começou por afirmar o responsável, na sua intervenção nas Jornadas que estão a decorrer em Câmara de Lobos, no âmbito das quais deu conta de que os estudantes se confrontam cada vez mais com os preços elevados do setor da habitação, mas também das propinas.

Por isso mesmo, Celso Bettencourt questiona se "não será importante a revisão das bolsas de estudo. "O que sinto enquanto autarca é uma maior necessidade de apoio financeiro para os alunos poderem continuar os seus estudos", afirmou, embora recorde que o município e algumas juntas de freguesia já o fazem.

"É mais difícil ser estudante universitário hoje em dia do que na minha altura", disse ainda.

Sílvio Fernandes, reitor da UMa, concordou com as declarações feitas, tendo salientado que as bolsas foram sempre de um valor muito baixo comparativamente às necessidades que um universitário tem.

"Concordo consigo. Os valores das bolsas deviam ser maiores", advogou, denotando, no entanto, que a UMa tem um fundo de mais 50 mil euros associado a um fundo de emergência para os estudantes que mais precisam.

"Há um conjunto de alunos que, não podendo usufruir da bolsa de ação social, também não têm condições de garantir o seu sustento enquanto aluno da Universidade. Temos auxiliado muitos alunos com esse fundo", realçou.

Já João Casanova de Almeida recordou que há cada vez mais alunos a ingressarem no ensino superior, vincando que é necessário ter em conta a equidade.

"Quanto mais formadas forem aqueles que ingressam no mercado de trabalho, mais competitivas se tornam as empresas", vincou, sublinhando a importância da educação neste aspeto e ainda para dar resposta à pressão sentida no setor da segurança social.

De facto, lembrando que a população está cada vez mais envelhecida e que são menos os que trabalham, o responsável reiterou a necessidade de colocar na linha da frente a aposta na educação, para assegurar essa mesma competitividade das empresas e, assim, deixar "mais meios para os que precisam" e aliviar a ação social.

Edna Baptista

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