Sobre o Programa ‘Reequilibrar’ anunciado pelo Governo, que dá apoio ao crédito à habitação e que chama a banca, que também já passou pelas moratórias, George Lima, diretor comercial do Santander na Madeira, atesta que os bancos estão abertos a dar apoio às famílias nestes momentos mais difíceis.

"A Banca em geral tem tido o cuidado de ter uma relação de proximidade e proatividade na relação com os clientes, que permite antecipar os problemas. Já existe um conjunto de medidas nacionais inscritas na lei e nos bancos, de acompanhar logo aos primeiros sinais situações de maior dificuldade por parte das famílias", assegurou o responsável.

A este propósito, o responsável aconselha que aqueles que antevêm dificuldades "podem e devem dirigir-se ao seu gestor de qualquer banco, onde será esclarecido sobre as medidas em vigor, quer as que estão já inscritas na legislação, quer as particulares de cada banco têm".

"Quanto mais cedo o fizerem as famílias que possam vir a ter problemas, tanto melhor, porque mais tempo de ajuste e de reposta podemos ter", explanou.

Além do mais, asseverou George Lima, nos últimos anos, o Banco de Portugal tem estabelecido com os bancos um conjunto de medidas com limites mais prudentes no crédito à habitação.

Ainda assim, reconhece que cenários de abrandamento económico e de aumento dos custos financeiros "trazem sempre mais dificuldades aos agentes económicos, empresas e famílias".

No entanto, acredita que hoje "temos uma economia mais resiliente, mais bem preparada, com uma almofada de alguma liquidez, que foi acumulada na segunda metade de 2021 e 2022", reconheceu, considerando que este cenário mais negro não deve impedir de se olhar para a situação de forma mais otimista.

Sobre o orçamento regional, deu duas notas positivas: a tendência de alguma redução da dívida pública em termos globais e amelhoria do rating da Região, ao nível da perceção que as entidades externas têm do risco de crédito.