As obras de canalização dos ribeiros do Trapiche e da Casa Branca, ambos na freguesia de Santo António, vão avançar já no próximo mês de novembro, tendo o concurso já sido adjudicado por mais três milhões de euros (3.133.000,00€ + IVA), confirmou o JM junto do secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas. O critério da adjudicação da proposta está relacionado com o economicamente mais vantajoso na modalidade de melhor relação qualidade-preço. O prazo previsto para a empreitada é de 540 dias.
O Governo Regional, através da Secretaria tutelada por Pedro Fino, já havia procedido aos trabalhos preparatórios de limpeza, desmatação e levantamentos topográficos necessários à elaboração dos projetos de execução da canalização em vários ribeiros do Funchal.
"Estes ribeiros estão junto de grandes aglomerados populacionais, por isso estas intervenções de regularização e canalização destas linhas de água revestem-se de grande importância para a salvaguarda das pessoas e dos seus bens", lembra Pedro Fino. Devido à orografia da Madeira, com os declives acentuados e encostas abruptas, quando ocorrem grandes precipitações, é frequente que os materiais sejam depositados ao longo das vertentes, ganhando energia e velocidade elevadas, transportando-os e depositando-os nos leitos das ribeiras, estrangulando a secção de vazão das mesmas.
Pedro Fino destaca ainda que a grande inclinação dos leitos dos ribeiros leva a velocidades elevadas de escoamento, com grande poder de transporte de material sólido, aumentando a ação erosiva. Com a construção de muralhas em ambas as margens, fica garantida uma melhor proteção dos terrenos e moradias junto ao ribeiro.
Assim, procedeu-se à execução do projeto ‘Ribeiros do Trapiche e Casa Branca- Regularização e Canalização’, no concelho do Funchal. Deste modo, serão feitos muros de canalização em betão ciclópico e passagens hidráulicas em vigas pré-fabricadas na cobertura, protegidas co guardas metálicas. A intervenção no troço principal da ribeira engloba ainda a construção de um pontão rodoviário e a construção de um novo acesso de manutenção. Será ainda canalizado de uma pequena linha de água e criadas novas redes de infraestruturas, nomeadamente de água potável, de incêndio, de saneamento, de iluminação pública e de telecomunicações. "Nos diferentes locais de intervenção, será necessário proceder à reposição de todos os serviços existentes afetados", sublinhou.
Carla Ribeiro