Por Patrícia Gaspar
A menos de um mês da inauguração da primeira loja Leroy Merlin na Madeira, crescem as expetativas de quem vive e trabalha em São Martinho. Na freguesia mais populosa da Madeira, ninguém tem dúvidas de que a nova centralidade criada pela cadeia especializada na venda de artigos de bricolage, construção, decoração e jardim vai trazer emprego, dinamismo e qualidade de vida. Quando anunciou a vinda para a Madeira em 2018, a cadeia deu conta da criação de 130 postos de trabalho. Entretanto, foi solicitada autorização para construção de mais 700 m2 quadrados, o que deve gerar a criação de mais emprego. No total, em conjunto com o McDrive cujas obras arrancaram há dois meses, a nova centralidade vai aglomerar mais de 200 postos de trabalho. A Leroy Merlin decidiu incluir a Madeira no seu processo de transformação comercial das lojas que definiu para 2021 um refresh comercial de 17 lojas e quatro aberturas de espaços novos. O plano de expansão que sustenta o projeto de convergência prevê a abertura de quatro novas lojas: Alta de Lisboa e Funchal no conceito Grande Superfície de Bricolage (GSB), Barcelos no conceito Média Superfície de Bricolage (MSB) e Carcavelos no Conceito de Proximidade (Proxi). No mercado nacional, existem lojas de diferentes dimensões, que vão do formato mais pequeno – entre 400 e 1.000 m2 – ao maior – entre 5.500 e os 8.800 m2 anunciados para São Martinho em 2018, o que faz desta loja a maior do País. O grupo empresarial francês Adeo concluiu o processo de convergência entre o AKI e a Leroy Merlin em 2019, optando pela fusão das duas marcas, pelo que o novo espaço em São Martinho vai receber os colaboradores da antiga AKI. Na verdade, de acordo com alguns proprietários dos cafés circundantes, muitos funcionários estão já a ultimar preparativos no novo espaço situado nas imediações do Hospital Particular. “Muitos funcionários têm frequentado o café. Isto vai ser muito bom. Vai trazer gente, gerar negócios e emprego”, acredita Duarte Sousa, proprietário de um café situado nas imediações da Leroy Merlin.
“Muito melhor do que comer pó”
V
irgílio Pereira vive num dos apartamentos junto à loja da Leroy Merlin e dá conta da satisfação generalizada dos vizinhos. “Isto é muito melhor do que comer pó. No tempo da PREBEL, não se podia abrir as janelas. Era natural, por causa dos camiões. Agora, os prédios vão valorizar muito mais”, sublinha.
Já Osvaldo e Silvino Pereira, que também vivem nas imediações, destacam as mais-valias da noca centralidade. “Ter aqui esta loja e o mcdonald's vai ser impecável. Podemos vir a pé, para além de que isto vai trazer mais movimento e mais negócios”, refere Silvino Pereira.
Para Sónia Henriques, dona de um café situado um pouco abaixo ao novo empreendimento, a nova centralidade vai “melhorar o negócio” , uma ajuda bem-vinda em tempo de pandemia.
De acordo com informações divulgadas pela marca, a estratégia de expansão vai continuar a desenvolver-se ao longo dos próximos anos e visa a abertura de novos conceitos, dando assim seguimento ao modelo de negócio multiconceito, numa modelo que privilegia a proximidade com os clientes.
Com a convergência com a Aki, a Leroy Merlin apostou na adaptação dos conceitos das suas lojas às realidades locais com a divisão em oito “zonas de vida” que correspondem a áreas geográficas de Norte a Sul e Ilhas.
A marca chega agora à Madeira. Segundo apurou o JM, a inauguração da primeira loja Leroy Merlin na Região está prevista para o próximo dia 23, antes das eleições autárquicas, embora a cadeia possa ainda comunicar nos próximos dias uma eventual alteração mediante o andamento das obras e caso não seja possível conclui-las atempadamente.