O aeroporto é uma infraestrutura nuclear para a Região, tem de ser gerido e tem sido de forma eficiente, afirmou Eduardo Jesus, no Forum sobre ‘Os Grandes Números do Turismo’. O crescimento que assistimos não é só do turismo, há cada vez mais madeirenses a viajar, graças às lowcost e pelo subsídio de mobilidade em relação ao território nacional, lembrou.
O aeroporto não está com problema nenhum ao nível da sua capacidade. Tem-se adaptado ao crescimento. “Este mesmo aeroporto há 15 anos atrás e a revolução que houve na gare, por exemplo”, bem como as alterações com a entrada das lowcost, foram aspetos sublinhados. “Houve um salto na inovação no desembarque”, frisou. Hoje, e seguindo tendências internacional, há esta capacidade de gestão no desembarque e embarque, acrescentou.
“Os ventos preocupam há muito tempo”, afirmou Eduardo Jesus. Desde 2016 que pedimos uma intervenção séria do governo da República nesta matéria dos limites de ventos para a aterragem. “Passados 60 anos dos limites dos ventos impostos, é tempo de reanalisar”, reafirmou, sustentando que há estudos científicos feitos.
O dossier só deverá ficar resolvido em 2027, o que para nós é uma tragédia. “Já está a decorrer há dez anos, já demos vários contributos, há a recolha de vários dados. Já devíamos estar a trabalhar de uma forma mais eficiente”, sublinhou o secretário regional do Turismo.
A seu ver, não avançar ainda nesta matéria, “foi uma decisão muito conservadora do Governo da República, com efeitos significativos nos constrangimentos dos passageiros, quando têm de ficar retidos na ilha ou não podem aterrar cá. Daí a insistência e a pressão que a Madeira tem feito para que este tema seja nacional e prioritário.”
António Jardim Fernandes, da ACIF, comunga da opinião do secretário, defendendo uma maior capacidade de resposta para minimizar os constrangimentos causados pelos ventos fortes de um destino que tem muita procura.