A economia da Região Autónoma da Madeira manteve a trajetória de crescimento em agosto, embora com sinais de moderação, revela o Indicador Regional de Atividade Económica (IRAE), divulgado pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM).
Entre os destaques de agosto, o setor turístico manteve crescimento: o número de dormidas subiu 5,2% e os proveitos totais aumentaram 19%, embora a um ritmo inferior ao de julho. O RevPAR desacelerou para 16,8%. Já a produção de energia elétrica cresceu ligeiramente 0,8%, enquanto o consumo de gasóleo se manteve estável (+1,0%). O rácio entre sociedades constituídas e dissolvidas caiu para 2,7, abaixo dos 3,2 de julho.
Nos indicadores qualitativos, apenas o setor da Construção e Obras Públicas registou melhoria de confiança, enquanto Comércio, Serviços e Indústria Transformadora apresentaram diminuições. No consumo privado, a introdução de gasolina cresceu 10,9%, os empréstimos a famílias subiram 8,4% e os levantamentos e compras com cartões nacionais aumentaram 8,8%. Por outro lado, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros caíram 15,2%.
O investimento apresentou evolução mista: as vendas de veículos ligeiros de mercadorias caíram 17,1%, o saldo de empréstimos a sociedades não financeiras diminuiu 0,1%, enquanto o número de edifícios licenciados cresceu 48,9% e a avaliação bancária da habitação aumentou 16,7%. A comercialização de cimento continuou negativa, mas a queda abrandou para -3,3%.
A procura externa manteve crescimento das exportações de bens (+54,1%), enquanto as importações caíram 11,5%. O movimento de mercadorias nos portos diminuiu 1,1%, e o tráfego aéreo de passageiros aumentou 16,1%. As transações com cartões internacionais cresceram 8,1%, desacelerando face aos meses anteriores.
No mercado de trabalho, os desempregados inscritos diminuíram 11,4%, os pedidos de emprego caíram 10,6% e as ofertas de emprego subiram 11,1%.
Quanto aos preços, a inflação homóloga fixou-se em 3,3%, com a taxa de bens a subir para 2,6% e a de serviços a abrandar para 3,8%. A inflação subjacente diminuiu para 2,5%.