Um movimento de sócios verde-rubros, denominado ‘Salvar o Marítimo, tem estado ao longo dos últimos dias a recolher assinaturas de forma a que o presidente da Assembleia Geral do Club Sport Marítimo convoque uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir o atual momento do clube e votar a destituição dos órgãos sociais.

Segundo um documento a que a RTP-Madeira teve acesso, o movimento afirma que o presidente da direção, Rui Fontes, "levou o Marítimo para um patamar de descrédito total, a um nível inimaginável. Mentiu aos sócios, manipulou e distorceu a realidade, enganou com promessas que sabia nunca poder concretizar, defraudou expectativas, está completamente fora da realidade, gere o clube como se dele fosse o dono, e convenhamos já não tem condições para gerir o Marítimo".


Relembre-se que na semana passada, Rui Fontes, em declarações ao JM, afirmou que tem a porta aberta para conversar com "todos os que vivem o clube".


"Sinceramente, acho que não é preciso nenhuma AG. O Marítimo está diferente, os sócios têm sempre a palavra e estou recetivo a debater aquilo que os preocupa", afirmou o dirigente na ocasião, acrescentando que neste momento "o clube precisa é de paz" e que uma reunião magna nesta altura é "um erro".


"O Marítimo tem uma direção legitimada para definir o rumo a tomar nos bons e maus momentos", disse ainda Rui Fontes.


Até ao momento o movimento ‘Salvar o Marítimo’ recolheu cerca de 40 assinaturas. Segundo o artigo 67.º dos estatutos do clube, para que a Assembleia Geral Extraordinária seja convocada são necessárias 50 assinaturas de sócios efetivos com mais de seis meses de filiação associativa e que no ato da entrega do respetivo requerimento, depositem na secretaria do clube a quantia que a Mesa da Assembleia considere necessária para cobrir as despesas da reunião.

Hélder Teixeira