O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) admitiu hoje que "não esperava" ser líder da 55.ª edição do Rali de Portugal depois de ter sido o primeiro em pista na sexta-feira.
O piloto de 21 anos, líder do campeonato à partida desta quarta ronda do Mundial, recuperou tempo ao britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) durante o dia, tendo ‘roubado’ o comando ao companheiro de equipa durante a especial mais longa do rali, em Amarante, durante a tarde.
"Não esperava que pudéssemos chegar à liderança. Também apanhei chuva no troço de Amarante, em alguns pontos da especial, e tínhamos pneus duros montados. Por isso, foi difícil, mas tentei puxar e fazer diferenças", explicou o piloto finlandês, que terminou o dia com 5,7 segundos de vantagem sobre Evans, depois de ter chegado a estar a 18,4 no final da manhã.
Já o britânico queixou-se da chuva no troço de Amarante, que lhe fez perder a confiança.
"A chuva não ajudou. Tivemos alguns pontos excessivamente escorregadios no início do troço e fiquei na defensiva, sempre à espera do seguinte. Ainda tentei recuperar no final, mas o estrago estava feito", lamentou Evans, que venceu a prova lusa em 2021.
O piloto britânico também lembrou que Rovanperä "fez um bom trabalho".
Agora, com apenas quatro especiais pela frente e 48,87 quilómetros cronometrados, a margem de recuperação é menor.
Ainda assim, Rovanperä não baixa a guarda.
"Temos de ver o ritmo que temos nas primeiras especiais. O Evans foi muito rápido neste dia de domingo no ano passado. Temos de estar preparados", frisou o finlandês.
Elfyn Evans concordou que em 2021 o facto de ter tido "bom ritmo nas primeiras especiais do dia" ajudou à vitória final, mas lembrou que Rovanperä "também é um piloto rápido".
Já o japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris) prometeu "tentar puxar o mais que puder e tentar proteger" a terceira posição, segura por apenas 5,7 segundos de vantagem sobre o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), que é quarto.
O espanhol garantiu ter dado "tudo o que tinha, mas foi impossível manter" o piloto japonês atrás de si durante o dia de hoje.
Sordo admitiu que o nipónico "mereceu o terceiro lugar pois foi sempre mais rápido" durante o dia.
O belga Thierry Neuville (Hyundai i20), que é quinto à partida do último dia de prova, tem 30,1 segundos de atraso para Sordo e 36,8 para Katsuta. Por isso, diz já não ter "esperanças de melhorar" a classificação no rali português.
"A diferença é muito grande. Precisava de ganhar um segundo por quilómetro para chegar ao pódio", notou.
Os pilotos enfrentam no domingo 48,87 quilómetros, divididos por quatro especiais, incluindo a ‘power stage’ de Fafe 2, que distribui 15 pontos extra pelos cinco mais rápidos.
O dia começa bem cedo, às 7:08, com os 8,91 quilómetros de Felgueiras 1.
Segue-se Montim (8,69 quilómetros) às 7:57 e Fafe 1 às 8:38.
Felgueiras 2 arranca às 10:08, com a prova a terminar no salto da pedra sentada de Fafe 2, a partir das 12:18.
LUSA