O treinador José Gomes disse hoje que vai deixar o Marítimo, despromovido à II Liga de futebol, referindo, em declarações à agência Lusa, que nunca esquecerá os adeptos ‘verde rubros’.
"Vou sair. O meu contrato previa continuar no caso de o Marítimo ficar na I Liga, não irei continuar", afirmou José Gomes, que regressou ao emblema insular, em dezembro último, após ter orientado a equipa na temporada 2019/20.
O treinador natural de Matosinhos descreveu os adeptos insulares como "únicos e maravilhosos", garantindo que jamais os esquecerá independentemente de qual será o seu destino.
José Gomes foi o terceiro treinador do Marítimo nesta temporada, depois de suceder a João Henriques e Vasco Seabra, encontrando a equipa na 17.ª e penúltima posição da I Liga, em zona de descida direta, com apenas seis pontos somados.
No seu jogo de estreia arrecadou um empate em Vila do Conde (1-1), seguindo-se uma vitória caseira frente ao Sporting (1-0).
Sob a batuta do ‘timoneiro’ de 52 anos, o Marítimo arrecadou 20 pontos, tendo o 16.º lugar sido a sua melhor classificação na presente campanha, com a particularidade de nunca ter conseguido duas vitórias consecutivas.
O desfecho da época não foi favorável aos madeirenses, que interromperam quase 40 participações consecutivas no patamar mais alto do futebol português, após perder o play-off de permanência, frente ao Estrela da Amadora.
O Marítimo tinha sido despromovido pela última vez na temporada 1982/83, tendo ascendido ao patamar mais alto do futebol português duas épocas depois, onde permaneceu por 38 anos consecutivos, desde 1985/86.
José Gomes conta com um vasto currículo que inclui passagens por clubes portugueses que disputavam o principal escalão como Rio Ave, Paços de Ferreira, Leiria e ainda as duas passagens pelo Marítimo, tendo orientado na II Liga Desportivo de Aves, Leixões e Moreirense.
Fora de Portugal, o treinador, de 52 anos, orientou Ponferradina e Almería, da segunda divisão espanhola, os ingleses do Reading, igualmente no segundo escalão, e duas experiências na Arábia Saudita, nomeadamente, no Al Taawon e Al-Ahli Jeddah.
LUSA