Ao início da tarde de hoje foi inaugurada a exposição 'Liasions', no parlamento, numa homenagem do Fórum Económico Internacional ao escultor Francisco Simões.
Francisco Simões considera que há outros nomes na cultura que mereciam ser distinguidos e que não o foram.
"Acho que não fiz nada para fazer homenageado. Acho que há gente tão importante que merecia ser e não é", frisou na ocasião.
"Como estou na Madeira e me sinto também um madeirense, eu faço nesta exposição uma dedicatória. Dedico esta exposição a três grandes figuras da cultura madeirense e da cultura nacional. E que os madeirenses quase esquecem, infelizmente", considerou.
O escultor referia-se a Herberto Helder, um poeta, na sua opinião, "com a dimensão do Fernando Pessoa", a Edmundo Bettencourt, poeta madeirense, e a Lurdes de Castro, "uma das maiores pintoras da Europa", a quem se referiu num tom comovente.
"Essa gente sim é que temos de homenagear, mas parece que se esqueceram. Esses é que merecem", frisou.
Quando questionado sobre o fecho dos museus ao domingo, Francisco Simões considera ser "uma pena", acrescentando que o "País dá tantos pés na cultura e esse é um dos tiros. É um desastre".
A exposição apresenta aproximadamente cinquenta obras, distribuídas entre pintura, escultura, cerâmica, serigrafia, desenho e gravura de autoria de Arpad Szenes, Artur Bual, Jean Cocteau, João Hogan, João Vieira, Júlio Resende, Justino Alves, Manuel Cargaleiro, Mário Cesariny, Moita Macedo, Nadir Afonso, Pablo Picasso, Rafael Canogar, Vieira da Silva e Francisco Simões. Até outubro, é possível visitar a exposição, com entrada livre.
Mónica Rodrigues