O Conservatório – Escola das Artes da Madeira, em parceria com a Direção Regional da Cultura da Madeira (DRC) e o CESEM (Centro de Estudos em Música), vai levar à estrada a exposição “A Iconografia Musical nas Igrejas e Capelas do Funchal”, após o sucesso da sua apresentação inicial no Funchal. A itinerância terá início em Évora no próximo dia 22 de outubro e percorrerá cinco cidades do continente, terminando em Lisboa a 26 de junho de 2026.
A mostra reúne imagens de instrumentos, músicos e cenas em que a música se integra na arte religiosa madeirense, encontradas em igrejas, capelas e conventos do concelho do Funchal. Entre pinturas, esculturas, painéis e azulejaria, a exposição documenta a presença histórica da música no contexto litúrgico e simbólico da Madeira, complementada por uma catalogação científica e análise do seu contexto histórico e artístico.
A investigação por detrás da exposição decorreu entre maio de 2023 e março de 2025, conduzida por Carolina Faria com o apoio de Leonor Lowden e Micaela Campanário, sob coordenação científica de Luzia Rocha e Rita Rodrigues, e organização de Paulo Esteireiro e Rita Rodrigues. Além da mostra, o projeto incluiu catálogo, visitas guiadas, conferências e formações temáticas.
No Funchal, a exposição inaugurou-se a 27 de março de 2025, no Núcleo Museológico de Santo Amaro – Torre do Capitão, com concertos e visitas comentadas que envolveram alunos e professores do Conservatório, gerando forte impacto local e valorizando o património musical e religioso da região.
Durante a itinerância, a exposição passará por Évora (22 de outubro a 11 de novembro), Castelo Branco (25 de novembro a 2 de janeiro), Braga (9 de janeiro a 6 de fevereiro), Torres Novas (14 de fevereiro a 20 de março) e Lisboa, onde será exibida no Mosteiro de São Vicente de Fora. Em cada cidade, estão previstas atividades paralelas para envolver a comunidade e promover debates sobre a música na arte sacra.
Paulo Esteireiro, presidente do Conservatório, sublinha que o projeto “contribui para o conhecimento e valorização do património artístico da Madeira, estreitando laços culturais entre regiões e afirmando o papel da investigação artística e musical no ensino e na sociedade contemporânea”.