No próximo dia 14 de abril, às 18 horas, decorre, na Biblioteca Municipal do Funchal, a apresentação do livro "AS SALOIAS MADEIRENSES: REPRESENTAÇÕES DE UM PATRIMÓNIO LINGUÍSTICO E CULTURAL IMATERIAL" de Helena Rebelo.
Este livro materializa a investigação, relativa a uma manifestação de Património Linguístico e Cultural, acerca no vocábulo "saloia", ligado às "visitas pascais" e a merecer entrada dicionarística. A etimologia de "saloio" estará no árabe: "habitante do deserto", tendo evoluído para "habitante do campo". Hoje, é um etnónimo da área de Lisboa. Porém, na Região Autónoma da Madeira, sem claro correspondente masculino, "saloia" distingue-se de "camponesa", "aldeã", "viloa" ou "camacheira". Em que diverge? É o que este livro demonstra.
Nas localidades, os habitantes sabem por onde "anda o Espírito Santo" porque são uma realidade cultural antiga, as "corridas do Espírito Santo". É a altura do "Divino" e muitas visitas incluem "saloias" (raparigas, com um cesto, preparadas especialmente para acompanhar as insígnias)."
A autora Helena Rebelo é docente na Universidade da Madeira (UMa), sendo licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Linguística Portuguesa pela Universidade de Coimbra. Realizou, na Universidade Aberta, uma qualificação em Ciências da Educação.
Na Universidade da Madeira, doutorou-se em Linguística Portuguesa e desenvolveu, na Universidade de Aveiro, um pós-doutoramento. Está ligada ao CLLC da Universidade de Aveiro e ao CIERL-UMa. É membro de diversas associações, incluindo a Associação Internacional de Lusitanistas. Participa regularmente em encontros científicos, tendo múltiplos trabalhos publicados, incluindo livros. Em 2017, recebeu o Prémio Maria Aurora para a Igualdade de Género da Câmara Municipal do Funchal. Desde 2019, dirige o Mestrado em Estudos Regionais e Locais. Entre outras funções, coordena o Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da UMa, sendo vice-presidente da Faculdade de Artes e Humanidades.