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Artigo de Opinião

BOM DIA ALEGRIA!

11/07/2022 07:50

A relação entre empresa e colaborador nem sempre corre bem. Por vezes o melhor será permitir que o colaborador saia para que a empresa continue a crescer e essa pessoa, por sua vez, possa encontrar um local de trabalho com que se identifique mais. Do meu ponto de vista, não é propriamente uma fatalidade ou um fracasso.

Sabemos que despedir e demitir-se em Portugal é quase um ato heroico. A legislação Laboral é pouco flexível e quando "as comadres brigam" é difícil fazerem as pazes e o clima é de cortar à faca.

  1. Sem descurar os direitos e deveres de um colaborador, uma empresa para despedir não o faz sem mais nem menos. Quando um colaborador, por qualquer razão, está a prejudicar deliberadamente a empresa, alguém tem de fazer de detetive para recolher as provas especificadas na lei. E quem faz de detetive, já não tem foco para fazer o seu trabalho, para além de que cria um ambiente pesado. Se for por mútuo acordo, há limites apertados. O que acontece? Das duas, uma: alguém "aldrabra" para o colaborador poder sair e assim cada um segue a sua vida da melhor forma, ou a empresa desiste do caso. Deixa-o estar. Toda a equipa lida no dia-a-dia com a falta de produtividade, de dedicação e com a quantidade de erros dessa pessoa. Isto desgasta toda a gente.
  2. Demitir-se. O famoso: "se estás mal, muda-te". Quando alguém começa a pensar em pedir a demissão, sem levantar problemas com a empresa, é um dilema. Fica no impasse: "como vou a entrevistas de emprego sem dar nas vistas?". Pode até sentir que está a trair quem lhe permite pagar as contas. Quando decide demitir-se, fica completamente por sua conta e risco financeiramente. Neste caso, ou tem um pé-de-meia que lhe permite ter tempo para encontrar um melhor trabalho para si (quase de certeza que foi uma herança, pois é praticamente impossível ter família, qualidade de vida e poupar ao mesmo tempo) ou consegue uma proposta de trabalho numa empresa capaz de esperar que perfaça o tempo de aviso prévio de demissão que deu à outra empresa. E o que acontece nesta situação? Trabalha imenso no seu "futuro ex-trabalho" para deixar tudo organizado, vai estafado e de "direta" para a outra empresa.
Ao longo da minha experiência profissional vi boas empresas a trabalharem sempre "com a corda ao pescoço" e vi bons profissionais a saírem de trabalhos que gostavam de fazer. Com argumentos diferentes, os motivos eram os mesmos: mau ambiente e/ou falta de reconhecimento. Qual é a vantagem de passar a maior parte das nossas vidas neste esforço constante?

Sentir-se bem é tão potente que pode ultrapassar as amarras da legislação laboral e transformar a forma como encaramos o nosso trabalho e a nossa vida.

Nic Marks (estatístico e especialista na área do bem-estar) identificou os cinco principais impulsionadores da felicidade que melhoram o ambiente das empresas: 1) Conexão: espírito de equipa e sentimento de pertença; 2) Ambiente de justiça: respeito, reconhecimento e conciliação entre vida pessoal e trabalho; 3) Autonomia: atmosfera de confiança, possibilidade de delegar tarefas, dar a oportunidade das pessoas desenvolverem as suas capacidades; 4) Desafios e crescimento dentro da empresa: o desenvolvimento profissional promove um sentimento de realização; 5) Inspiração: sentir que o trabalho que desenvolvemos faz a diferença e que há um propósito maior.

A felicidade é novo parâmetro de medição de sucesso. É por essa razão que as empresas que têm uma cultura organizacional de bem-estar têm melhor desempenho: pessoas felizes triunfam!

Comecemos todos por criar um clima de "boa onda" nos nossos trabalhos para promover maior dedicação e produtividade.

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