O PSD/Madeira defendeu hoje "mais pressão" para conseguir uma solução democrática na Venezuela, acusando o Governo da República de não manifestar "verdadeira solidariedade" com a comunidade emigrante daquele país.
"A situação continua a piorar na Venezuela e muitos têm saído, alguns a pé, através da Colômbia, arriscando, com medo, a própria vida", disse o deputado lusodescendente social-democrata Carlos Fernandes numa intervenção no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira.
O parlamentar defendeu que as autoridades nacionais e regionais "não podem esquecer a maior comunidade" residente fora do país.
"Não podemos calar. É necessário elevar a voz" e "fazer pressão" para defender estes cidadãos, sublinhou, recordando que as eleições legislativas recentes no país "não foram reconhecidas".
O Presidente venezuelano, Nicolás "Maduro, mostrou que não concorda com negociações e não quer uma saída democrática" para o país, argumentou.
No entender do deputado social-democrata, também "o Governo da República não tem tido verdadeira solidariedade com os emigrantes" residentes naquele país.
Carlos Fernandes salientou que as declarações da vice-presidente da Assembleia nacional, Íris Varela, sobre a intenção de serem "confiscados todos os bens das pessoas que abandonaram a Venezuela", provocaram "preocupação, raiva e tristeza" em todos os que regressaram.
Estas pessoas veem "as suas propriedades em risco" e a comunidade venezuelana "vive com muita frustração", porque muitos "tiveram de abandonar o trabalho de uma vida".
O deputado recordou que, desde o início do ano, "pelo menos sete meios de comunicação social foram encerrados na Venezuela", entre os quais um órgão de imprensa e um canal televisivo, o que evidencia a política de controlo da liberdade de imprensa naquele país.
Lusa