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“Só não há excedente no orçamento das famílias”, lamenta o PCP/Madeira

Raul Caires

Jornalista

Data de publicação
26 Março 2024
16:37

O PCP/Madeira lamentou hoje que o orçamento das famílias não continue a beneficiar dos “excedentes” registados nos lucros das grandes empresas e nos orçamentos públicos, no final de uma iniciativa que envolveu um conjunto de ações de contato com os trabalhadores e população no âmbito da campanha Força de Abril.

“Ao longo dos últimos dias têm vindo a público notícias sobre os lucros extraordinários das grandes empresas em 2023 foram mais de 4 mil milhões de euros, notícias sobre o excedente orçamental do Estado superior a 3 mil milhões de euros, notícias sobre o excedente orçamental da Região de 25 milhões de euros, enquanto isso milhares de madeirenses empobrecem a trabalhar”, começou por observar o deputado comunista Ricardo Lume, citado em comunicado de imprensa.

“É caso para dizer só não à excedente no orçamento das famílias”, lamentou depois para lembrar que, “com o aumento do custo de vida, com as dificuldades no acesso à habitação, com os baixos salários e pensões de reforma, os madeirenses contam os tostões para chegar ao fim do mês enquanto as grandes empresas lucram milhões como nunca à custa da exploração e empobrecimento do povo”.

O parlamentar criticou de seguida os governos da Região e da República por não utilizarem “os meios financeiros disponíveis para dar resposta a défices estruturais que existem na Região e no País, nem para esbater as assimetrias sociais resultantes de uma política de exploração e empobrecimento.”

Para os comunistas, “os problemas no acesso ao serviço de saúde público, da falta de profissionais nos serviços públicos, a não valorização das carreiras e dos salários destes profissionais, as baixas pensões de reforma, não resultam da falta de dinheiro é apenas por opção política”.

“Os baixos salários, a precariedade laboral, o aumento do custo de vida, as dificuldades no acesso à habitação, só existem porque há uma política que beneficiam os que lucram com a exploração e o empobrecimento”, defendeu Ricardo Lume.

“Esta realidade não é uma inevitabilidade. A Região e o País nunca tiveram um PIB tão elevado fruto da força dos trabalhadores, mas existe uma injusta distribuição da riqueza”, afirmou o deputado do PCP, deixando um apelo: “Façamos das injustiças força para lutar, para garantir a valorização do trabalho e dos trabalhadores pois com a ruptura com a política de exploração e empobrecimento é possível viver melhor na nossa terra.”

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