Raimundo Quintal, presidente da Associação dos Amigos dos Ecossistemas do Arquipélago da Madeira - ECOAMA, recebeu, esta manhã, na caixa do correio do Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra, uma notificação, assinada pelo chefe da Divisão de Ambiente da Câmara Municipal de Santa Cruz, para o desbaste de árvores. Perante tal facto, manifestou, nas redes sociais, a sua “estupefação”.
“Uma propriedade, onde, desde abril de 2019, está a ser realizado um trabalho de restauração da Laurissilva, exclusivamente com os meios humanos e financeiros da ECOAMA, é tratada como um espaço infestado de matagal”, começou por escrever, repudiando a linguagem “ameçadora” usada no ofício que, a seu ver, “não só revela desconhecimento pelo trabalho realizado no Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra, como deve ter baralhado a propriedade de 9 hectares com os muitos espaços degradados da responsabilidade da autarquia”.
Mais escreve que a Câmara de Santa Cruz “deveria saber que, em 2019, construímos a vedação do Campo um metro para o interior do limite da propriedade. Nessa faixa, que é nossa, colocaram abusivamente, este ano, um sinal de trânsito com a indicação de circulação em dois sentidos num caminho que não reúne o mínimo de condições para tal”.
Assim sendo, Raimundo Quintal apela a todos os cidadãos que leiam o ofício e sugere ao cehfe da divisão “que esteja mais atento ao estado do ambiente no concelho de Santa Cruz e que não goze com quem trabalha voluntariamente e a sério em prol da Natureza”.