O deputado do PS-Madeira na Assembleia da República, Emanuel Câmara, lamentou que “os madeirenses tenham de continuar a adiantar o valor total das passagens nas viagens aéreas entre a Madeira e o Continente, para depois serem reembolsados do montante adiantado”, depois de ser chumbada esta proposta do PS ao Orçamento do Estado.
Em relação à nova plataforma eletrónica relativa ao subsídio de mobilidade, que entrará em vigor em janeiro, o deputado aponta que “esta não é a solução que os madeirenses e porto-santenses precisam, já que, apesar de os prazos para receberem o reembolso serem encurtados, estes têm de continuar a adiantar o valor total da passagem”, acrescentando que considera que “as expectativas dos madeirenses e porto-santenses foram defraudadas”.
O deputado aponta ainda que foram “chumbadas pela maioria PSD/CDS – com a cumplicidade dos deputados do PSD-Madeira – as propostas apresentadas pelo PS para o financiamento do transporte marítimo regular de passageiros via ferry entre a Madeira e o Continente e da garantia das obrigações de serviço público de transporte aéreo de carga para as Regiões Autónomas”, lamentando que “sendo a Madeira uma região insular e ultraperiférica, continue a ser condicionada pela descontinuidade territorial”, acusando o PSD e o Governo da República de assobiarem para o lado em relação à questão da mobilidade, tão cara para os madeirenses.
Por outro lado, o parlamentar madeirense destaca “a aprovação da prorrogação da vigência do regime da Zona Franca da Madeira até 2033”, tema que aponta ter sido também “uma bandeira socialista”.