O presidente da Câmara Municipal do Porto Santo é defensor de uma campanha focada na vacinação de toda a população e apologista de outro horário de confinamento.Idalino Vasconcelos, ouvido pelo JM, contraria a política vigente no que respeita às medidas sanitárias e defende horários mais alargados à semana e ao fim de semana para a restauração e confinamento geral mais tardio.
O edil social-democrata entende que numa ilha de turismo, como é o Porto Santo, os bares e restaurantes deveriam fechar às 22h00 e o recolher obrigatório geral deveria acontecer às 23h00, tendo subjacente a necessidade do cumprimento das regras básicas de higiene e de distanciamento por parte de todos.
Salvaguardando que não é médico, sente que esta decisão seria melhor para todos, para as pessoas e para a economia. Mais do que isso, pensa que deveria haver uma prioridade, ao nível regional, na vacinação da população da ilha dourada, para assim continuar sem covid e assumir com mais segurança o estatuto ‘covid free’.
Reconhece a legitimidade de qualquer um dos concelhos da Região Autónoma da Madeira em querer vacinar a respetiva população, mas sublinha o facto de o Porto Santo ser uma ilha, de ficar mais protegida e continuar a ser um destino turístico que oferece segurança e qualidade de vida às pessoas.
A este propósito, foca a resiliência e o querer dos porto-santenses ao longo dos últimos anos e o investimento feito na ilha ao longo das últimas quatro décadas.
O presidente da autarquia já fez chegar esta posição ao presidente do Governo Regional e secretário regional da Saúde.
Confrontado pelo JM com a possibilidade de até ao verão 50% da população estar vacinada, conforme disse ao JM a autoridade de saúde local (ver texto), Idalino Vasconcelos aplaude essa estimativa, mas insiste que a ilha merecia a “benesse” de um tratamento diferenciado.
“Aqui no Porto Santo seriam cerca de 3.500 pessoas a vacinar”, acrescenta.
Sobre a afluência de turistas, e em declarações à Lusa, ontem, disse aguardar um bom fluxo de turistas no fim de semana alargado, bom para "dinamizar" a economia local, quase "estagnada" desde outubro do ano passado.
"Tenho informação de que o barco [que liga a Madeira e o Porto Santo] está com uma ocupação muito boa nestes dias, o que é muito importante para a ilha do Porto Santo, porque a sua principal atividade é o turismo”, afirmou.
Foto Joana Sousa/ARQUIVO
Por Iolanda Chaves, ?no Porto Santo