MADEIRA Meteorologia

Pescadores defendem que precisam de pescar ao largo das Selvagens

Data de publicação
19 Novembro 2024
17:41

A Comissão Especializada de Ambiente, Clima e Recursos Naturais ouviu, esta tarde, o presidente da Coopescamadeira – Cooperativa da Pesca do Arquipélago da Madeira, apelar ao fim da proibição de pesca do atum, para além das 2 milhas náuticas, nas ilhas Selvagens. Atualmente a proibição estende-se até às 12 milhas, mas Jacinto Silva garantiu que “a pesca do atum não faz mal nenhum à reserva marítima”, alegando tratar-se “de uma pesca artesanal, não industrial e feita à superfície”, sem qualquer impacto no ecossistema marinho.

O parlamento madeirense está a ouvir várias entidades com o propósito de esclarecer questões relacionadas com o Projeto de Decreto Legislativo Regional, da autoria do CHEGA, intitulado “Alteração do regime de proteção de parte da Área Marinha da Reserva Natural das Ilhas Selvagens”. O diploma pretende alterar “o regime de proteção de parte da área da reserva natural das Ilhas Selvagens, permitindo a pesca tradicional de tunídeos entre as 2 e as 12 milhas náuticas”.

O representante dos pescadores revelou que na Madeira, depois de 2022, “houve uma quebra na pesca de tunídeos superior a 50%”. “Estes dois anos foram os anos mais fracos, porque os pescadores não podem pescar nas Selvagens”, vincou.

Jacinto Silva lamentou que ninguém tenha falado com os pescadores e com os armadores aquando da alteração da lei, reforçando que “precisamos de pescar atum nas ilhas Selvagens”, porque “há armadores a passar muitas dificuldades”. Para fazer frente à crise pesqueira, o representante da cooperativa de pesca referiu que “quase toda a frota está no mar à espera de um milagre”, apenas 3 embarcações estão no estaleiro. “Se os pescadores não interessam acabem com eles. Prefiro morrer de repente do que morrer aos poucos”, desabafou.

Sobre a possibilidade de ser atribuído um subsídio para compensar as perdas nas Selvagens, o presidente da Coopescamadeira disse que os pescadores preferem trabalhar para fazer face “aos grandes investimentos que foram feitos”. “Quem apostou neste setor foi traído”, concluiu Jacinto Silva, com a esperança que este diploma do CHEGA possa reatar a permissão da pesca do atum, entre as 12 milhas e as 2 milhas da costa das ilhas Selvagens.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Farmacêutico Especialista
6/03/2025 08:00

Há 30 anos atrás, em 1995 ocorre o “annus mirabilis” da Britpop.

Qualquer melómano que se preze, mesmo que não aprecie (por uma questão de gosto pessoal),...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Como está a acompanhar a situação clínica do Papa Francisco?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas