Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, voltou a reiterar, hoje, que só no fim do mês poderão vir a ser tomadas novas medidas restritivas, assegurando que, para já, a situação epidemiológica na Região "não é grave" e "está controlada".
"Não vale a pena pôr-se com histerias. Temos que analisar quais são as consequências e as consequências, neste momento, são as seguintes: temos a situação monitorizada e controlada, temos feito a testagem maciça e vamos tomar as providências necessárias no sentido de evitar as grandes concentrações", disse o governante, afirmando que, por enquanto, a Região "não vai fechar" e que serão tomadas "medidas necessárias à contenção e à salvaguarda da Saúde pública".
"Não funcionamos em função de surtos emocionais. Funcionamos em função de uma realidade objetiva", frisou, sublinhando que o rácio de internados se mantém"baixo" relativamente ao número de casos de covid-19 diários.
Recordando que a situação é diferente relativamente ao ano passado, dado que quase 85% da população já se encontra vacinada, o líder do executivo madeirense rejeitou dramatismos, explicando que nesta fase as consequências são muito menos gravosas do que anteriormente e que os óbitos têm ocorrido sempre em pessoas não vacinados, devido a "palermices que vão lendo" e a "teorias da conspiração que não têm nenhum sentido", ou em doentes com patologias associadas.
Ainda assim, Miguel Albuquerque defendeu a necessidade de a Agência Europeia do Medicamento "alargar o espectro de vacinação", ao aprovar a vacinação dos jovens entre os 6 de os 11 anos, devido aos casos que têm surgido nesta faixa etária.
Mais recordou que a Madeira tem vacinas suficientes para administrar a terceira dose a todos os madeirenses que o desejem e que já tenham completado seis meses desde a segunda dose.
As declarações foram proferidas pelo governante madeirense à margem de uma visita ao navio "Ada Rebikoff", da Fundação Rebikoff-Niggeler, que se encontra atracado no cais 8, no Funchal
Edna Baptista