Realizou-se hoje na Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares a ação ‘Debate pelo ambiente – Lixo Marinho’, iniciativa promovida pelo projeto Mare Nostrum daquele estabelecimento de ensino. “A referida ação teve por público-alvo uma turma de 10.º ano de Ciências e Tecnologias e contou com a colaboração da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), organização não governamental que se tem destacado, quer a nível regional quer a nível nacional, na implementação de diversos projetos que se têm revelado determinantes na proteção das aves portuguesas e dos habitats de que dependem”, refere nota de imprensa do estabelecimento de ensino.
Na ocasião, o biólogo marinho Tiago Dias, técnico de conservação marinha da SPEA, realizou uma introdução à temática da poluição marinha e do seu impacte na biodiversidade e na saúde humana, traçando uma resenha do trabalho que vem sendo realizado por aquela ONG na Região, particularmente no que concerne à proteção da avifauna marinha da Madeira, designadamente de espécies tais como a Alma-negra, a Cagarra, o Calcamar, a Freira da Madeira, a Freira do Bugio ou o Roque de Castro.
“A importância da efetiva implementação de uma economia circular em detrimento da economia linear vigente desde sempre, prática em que (quase) tudo é descartável, foi de igual modo destacada por aquele investigador, apontando possíveis caminhos para a consecução desse desiderato”, acrescenta a escola.
Aos alunos foi proposto o desafio de, face a diversas situações-problema apresentadas relacionadas com a temática da poluição marinha, encarnarem o papel de decisores políticos, de representantes de organizações ambientais, de representantes do setor empresarial e de representantes da comunidade, esgrimindo argumentos de forma a consertarem soluções sustentáveis para as situações-problema em análise.
“Apesar das múltiplas divergências verificadas entre as diversas fações em contenda, é sempre possível a criação de sinergias em prol da sustentabilidade, haja bom senso e boa vontade na defesa do bem-estar comum, tendo sempre em consideração os três principais pilares de sustentabilidade e a sua interdependência: economia, sociedade e ambiente, certos de que qualquer desenvolvimento que descure um destes fatores está condenado ao insucesso”, conclui.