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Largo do Pelourinho renasceu entre a água e o fogo

Data de publicação
15 Junho 2024
10:03

Muita história ‘esconde’ o Largo do Pelourinho, cuja coluna de pedra original foi erigida em 1486 na praça que ganhou a referida denominação, por ordem do Duque D. Manuel, com intuito da “execução da justiça relativa a penas menores, entre as quais se destacava o castigo por açoites”.

Em 1835, o pelourinho foi mandado demolir e guardados os seus fragmentos no Museu da Quinta das Cruzes. Mas, na década de 90 do século passado, a Câmara Municipal do Funchal decidiu erguer nova coluna, uma réplica da original réplica de calcário de Molianos, no denominado Largo do Pelourinho.

Ali, se concentravam negócios e gentes que circulavam na cidade para tratar dos seus assuntos nas ruas circundantes e próximas, fazer compras na feira, conviver e apanhar os autocarros ali perto.

O pequeno largo, hoje entre a foz das ribeiras de João Gomes e Santa Luzia, já foi considerado o centro da cidade do Funchal. Foi ali que se estabeleceram a primeira Alfândega do Funchal e as primeiras feitorias comerciais. Neste largo, concentravam-se vendedores, numa feira ligada à Rua Direita, com tendas onde muitas mulheres vendiam vários produtos.

Era um local cheio de vida, que depois de vários momentos na sua história central e nas ruas em redor - foi vítima de inundações ocorridas em outubro de 1993 e fevereiro de 2010 e de incêndios deflagrados no antigo edifício da ‘Socarma’, na antiga fábrica de São Filipe, em outubro de 1974 e, mais recentemente, em 2019, no edifício antigo da Insular de Moinhos - renasceu das cinzas, com uma imagem contemporânea, mas sem esquecer os traços do seu passado.

Ali, continua a residir o Pelourinho, num enquadramento diferente, marcadamente do século XXI, e as ruínas descobertas protegidas, com intenção de serem vistas num núcleo onde a arqueologia mantém a ligação ao passado histórico da cidade ligada ao mar.

Saiba mais sobre a longa história deste local na rubrica ‘Antes e Depois’, na edição impressa deste sábado do seu Jornal, que recorda ainda a descoberta de ruinas do Forte de São Filipe e o destino que lhes foi dado.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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