O JPP esteve, esta manhã, em contacto direto com os viticultores, no Estreito de Câmara de Lobos, mais concretamente numa exploração de ‘Tinta Negra’, onde lhes foi transmitido que a produção da uva ‘Tinta Negra’ está a diminuir, “não obstante a procura, cada vez maior”, pelas Casas de Vinho da Região.
“Os viticultores apresentam como principais constrangimentos o aumento no custo de aquisição dos adubos e nos produtos fitofármacos, a escassez de mão-de-obra, que está cada vez mais cara, ao que acresce, ainda, a falta de caminhos agrícolas”, alerta o JPP.
O partido intitula ainda de “completamente ridículo” que os “preços pagos se mantenham praticamente iguais aos de há 30 anos. A verdade que nos é transmitida por quem trabalha a terra, é a de que há 30 anos a uva era paga, pelas Casas, a 205 escudos/kg, o que hoje ronda 1,10€/kg”, critica.
O JPP refere que os produtores de uva se sentem “abandonados, escravizados e ameaçam abandonar a produção e deixar as vinhas ao abandono. Uma realidade muito diferente da propaganda que nos tenta impingir o Governo Regional”, reforça.
Face ao exposto, o JPP desafia “aqueles que dizem apoiar o sector” que “cumpram com o que prometem aos agricultores, e que apoiem efetivamente a produção de uva e, por inerência a produção de Vinho Madeira”.
Neste sentido, o JPP irá propor um aumento do apoio à produção, para que o valor global pago pela uva ‘Tinta Negra’, nunca seja inferior a 1,50 euros por quilograma. “Além da valorização do preço pago pela uva é também importante apostar na construção de caminhos agrícolas. Desta forma criam-se condições para a sustentabilidade da marca Vinho Madeira”, denota.
A finalizar, o partido afirma que está disponível para analisar e discutir as dificuldades, assim como trabalhar em soluções de forma a valorizar o setor do vinho.