No âmbito do assinalar do Dia Internacional da Juventude, criado pela Assembleia Geral da ONU, a 12 de agosto de 1999, o JPP referiu em comunicado que esta é uma data que “merece uma reflexão acrescida quando é notícia na nossa Região a assustadora diminuição da população jovem, entre os 15 e os 24 anos”. “Muitas são as razões que justificam este facto: o envelhecimento populacional, a falta de oportunidades no mercado de trabalho, a instabilidade laboral e, consequentemente, a emigração”, refere uma nota assinada pela líder da juventude do JPP, Jéssica Teles.
“Esta é, comprovadamente, a geração mais qualificada de sempre, no entanto é nesta geração que se verifica a maior instabilidade. Esta geração tem necessidades que permanecem ao longo do tempo – a estabilidade sociofamiliar, económica e emocional – que se tem vindo a deteriorar com a exigência dos tempos modernos”, afirma.
Jéssica Teles lembra que o Juntos Pelo Povo tem alertado o Governo Regional sobre as problemáticas que afetam os jovens. “E o que é que os nossos governantes afirmam? Dizem que é tudo mentira! Que não existe a problemática do desemprego jovem! Que os jovens não necessitam de emigrar! Mas não nos vão silenciar! Vamos continuar a reivindicar e lutar pelos diretos dos nossos jovens e de toda a população”, garante.
Aproveita ainda a efeméride para “questionar o PSD se desconhece assim tanto a população da sua ilha ou será propositado não falar ou ocultar o problema?” “Admitir o problema é o primeiro passo para encontrar a solução e é isso que os nossos jovens precisam! De soluções! E não são só soluções para os jovens incluídos nos 39%! São soluções para todos os jovens madeirenses e porto-santenses!”
“As soluções têm de passar por criação de mais oportunidades de emprego, estável, adoção de medidas de conciliação entre vida familiar e profissional, criação de mais habitação, e reforço da saúde, principalmente na área da saúde mental!
Políticas de embelezamento para as estatísticas, como os programas de emprego, são meros “pensos rápidos” do sistema: não resolvem o problema, adiam-no!”
Prossegue o JPP dizendo que é “com medidas concretas de fixação de jovens em empregos estáveis, com salários dignos, adequados às qualificações e competências, para que a única saída (independentemente dos discursos bonitos e cheios de intenções) não seja a emigração, porque os nossos jovens continuam a ter a necessidade de sair por falta de oportunidades na sua terra.”