Transformar a Madeira, promover estabilidade e compromisso, com foco na habitação, saúde e melhoria da qualidade de vida dos madeirenses. É com esta visão que Paulo Cafôfo, o qual afirma estar “preparado para ser presidente do Governo Regional”, se compromete a trazer a “mudança” à Região.
Cafôfo falava, esta manhã, na sede do PS, na apresentação da sua recandidatura à liderança do PS-Madeira, cujas eleições internas estão agendadas para dia 31 de janeiro.
Com o mote ‘Estabilidade e Compromisso’, que dá título à sua moção de estratégia global, o atual presidente dos socialistas madeirenses volta a apresentar-se ao sufrágio dos militantes, num processo eleitoral interno que servirá para reforçar a sua liderança e a mobilização do partido para os desafios eleitorais que se avizinham, nomeadamente as legislativas regionais de 23 de março e as autárquicas do final do ano.
Agradecendo o apoio de cerca de mil militantes que subscreveram a sua recandidatura, Cafôfo assegura que é candidato a presidente dos socialistas madeirenses e ao Governo Regional com sentido de responsabilidade e dever.
“Este partido é o melhor para transformar a Madeira numa região mais justa e inclusiva”, apontou, afirmando que tem o propósito de promover a estabilidade e compromisso para executar ações concretas e reais para os problemas e as necessidades dos madeirenses.
“Outros já provaram que não conseguem garantir essa estabilidade”, disse, acreditando que o futuro deve ser ancorado em compromissos sólidos, sobretudo em matéria de habitação, saúde, educação e de melhoria das condições de vida dos madeirenses.
O líder socialista voltou a tecer duras críticas em relação à gestão de Miguel Albuquerque, que, segundo frisou, “arrasta a Região para um suicídio coletivo enquanto comunidade”. Dirigindo-se a todos os madeirenses, Cafôfo lançou duas questões: “Com que mentalidade querem enfrentar as dificuldades criadas por Miguel Albuquerque e pelo PSD? Que decisões e escolhas querem fazer para que nada continue igual ao que está?”, atirou.
Cafôfo destacou ainda os recentes escândalos judiciais envolvendo membros do atual Governo Regional, que, na sua visão, “mancham” a imagem das instituições, “minam” a confiança dos cidadãos na política e “revelam fragilidades éticas e morais de quem esteve no poder por quase 50 anos”. Para o socialista, estas situações são a prova de que “é necessário romper com um ciclo de poder que privilegia” interesses instalados em detrimento do bem-estar da população.
“Não há sabão que lave as mãos sujas de quem nos governa”, afiançou, frisando que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa em dissolver novamente o parlamento regional é um “sinal claro de que o regime político atual na Região chegou ao seu limite”.
Paulo Cafôfo vê as eleições marcadas para 23 de março como uma oportunidade para que seja dado ao PS o poder de “restaurar a confiança no poder político, resgatar as instituições da Região e de colocar os madeirenses e os porto-santenses no centro das decisões”.
No que diz respeito às prioridades, Cafôfo compromete-se a construir mais habitação, aumentar os apoios à aquisição de casa, reabilitar imóveis e fortalecer o mercado de arrendamento. Na área da saúde, critica a gestão atual, apontando para a “falta de resultados” e a “insuficiência” no Sistema Regional de Saúde. O líder dos socialistas afirma ser preciso garantir o acesso à Saúde, tornar mais eficiente e reestruturar o sistema.
Além disso, o socialista defendeu maior rendimento para as famílias, com a redução de impostos e melhores salários, promovendo um modelo económico mais justo e abrangente.
Cafôfo abriu a porta ao diálogo com partidos que “genuinamente queiram a mudança na Região”, mas excluiu categoricamente qualquer entendimento com o PSD e o Chega. “Não fazemos acordos para prolongar a vida de quem criou este regime de negociatas, promiscuidade e desigualdade”, declarou.
“O PS está pronto a ser governo e eu estou preparado para ser presidente do Governo Regional com uma liderança que inspire confiança e que esteja comprometida com as mudanças estruturais que a Madeira precisa”, disse, advogando que “os tempos das maiorias absolutas acabaram”.