A Câmara Municipal do Funchal (CMF) voltou a usar a fatura da água para explicar a contenda com a empresa pública Águas e Resíduos da Madeira (ARM).
Repetindo o mesmo documento que já havia sido enviado junto da conta da água e janeiro, o município do Funchal volta a lembrar que "não aceita os aumentos aos tarifários de água e resíduos impostos pela ARM, sem qualquer justificação plausível, especialmente quando todo o investimento nas redes de água do concelho do Funchal é realizado pela CMF".
Relembra ainda que se a CMF perder a ação que decorre em tribunal (a qual, recorde-se, já deu razão à ARM), "os funchalenses verão, por imposição do Governo Regional, a sua fatura da água subir 22%, pois a CMF é obrigada por lei a refletir o aumento imposto pela ARM nos seus consumidores".
No documento, a autarquia volta a especificar o que está a fazer para diminuir as perdas de água, salientando que já gastou 16 milhões de euros em obras, num trabalho que reabilitou mais de 70km de condutas e reservatórios.
Diz ainda que o Governo Regional fez "acusações completamente falsas" em relação ao facto de não pagar à ARM. "A CMF pagou à ARM cerca de 48 milhões de euros desde 2014 pela compra de água em alta", esclarece.
Por fim, desmente ainda o Executivo madeirense ao afirmar que o Funchal é responsável por cerca de 45% da água perdida. A autarquia diz que em toda a Região as perdas de água são elevadas e que "os maiores concelhos são forçosamente responsáveis por um maior volume de água perdida".
"Ainda assim, o desempenho do Funchal é melhor a todos os níveis do que o desempenho dos municípios aderentes à ARM", conclui.
Redação