"A valorização da carreira dos bombeiros é um objetivo fundamental para o qual o governo regional tem de trabalhar de forma contínua e empenhada, não só pelo serviço inexcedível que aqueles profissionais prestam à sociedade, agindo como salvaguarda dos bens e da integridade do território e das comunidades, mas também porque é absolutamente imprescindível reconhecer em termos financeiros os enormes riscos e os sacrifícios pessoais que os bombeiros enfrentam no cumprimento da sua missão", começa por considerar o Chega Madeira em nota enviada às redações.
Para o líder do CHEGA-Madeira, a gestão da carreira dos bombeiros não se coaduna com, nem pode estar sujeita a jogos de palavras, promessas não cumpridas ou situações inaceitáveis na aplicação das verbas do erário público. Aliás, para Miguel Castro, "Não se percebe, nem se aceita, que, depois de toda a demora que foi um processo de equiparação que já devia estar concluído há muito tempo, o secretário da tutela só agora tenha consciência das implicações financeiras que são introduzidas nas autarquias pelo próprio processo de equiparação. Não sabia antes? Claro que sabia. E, se sabia, porque é que a devida compensação financeira das autarquias não foi assegurada, como era sua obrigação fazê-lo."
Sobre este assunto, Miguel Castro aponta que a gestão que o governo regional tem vindo a fazer da carreira dos bombeiros revela amadorismo, incompetência e, acima de tudo, as prioridades erradas que orientam o executivo de Miguel Albuquerque. "De que servem à população os anúncios de que há grupos hoteleiros a lucrar milhões e construtores a vender apartamentos a preços pornográficos se as câmaras da nossa Região nem têm dinheiro para pagar os bombeiros? De que serve o exibicionismo e o falar 'de peito feito' e o teimar na ideia de que a Região é rica, se, na realidade, não temos dinheiro para pagar àqueles que têm a difícil missão de proteger as nossas casas e as nossas florestas, que são dos recursos mais preciosos que temos?"
A concluir, Miguel Castro apela aos madeirenses e portosantenses que observem bem a maneira como governo do PSD e do CDS têm vindo a encarar os desafios que são sentidos na pele pelos cidadãos, em especial a displicência que demonstram perante as necessidades e sonhos dos cidadãos de bem. "A Madeira e o Porto Santo não precisam de um governo para fazer inaugurações e tirar fotos ao lado de empresários ricos. O que a população precisa é de gente que trabalhe, que fale a verdade, que saiba governar com sustentabilidade e que não se esconda atrás da retórica e de jogos de cintura. As pessoas estão com carências, estão a passar mal, precisam de uma voz - mas nem o mais-que-merecido salário dos bombeiros se o governo consegue garantir. É mesmo esta gente que queremos à frente dos destinos da Região?"