Foi com o tema da crise habitação em foco que a CDU desenvolveu esta segunda-feira, no Funchal, uma ação de campanha eleitoral tendo em vista as Eleições Legislativas Nacionais.

A candidata cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral da Madeira, Herlanda Amado, afirmou que “a falta de habitação a um preço acessível na Região, é um drama vivido por milhares de famílias que se veem diariamente confrontadas com problemas vários”.

“A dificuldade em comprar casa devido aos valores astronómicos e incomportáveis para a grande maior dos trabalhadores e este drama agrava-se quando muitas pessoas após a compra da casa, sentem grandes dificuldades em garantir o pagamento das prestações bancárias.

Mas para quem tem que procurar casa no mercado de arrendamento, não está melhor, visto que o preço por metro quadrado faz com que sejamos uma das Regiões do País, com um dos mais elevados valores por metro quadrado (2.895€).

Nenhum trabalhador consegue pagar os valores actuais, cerca de 1000 ou 1200 euros por um t2, e quando alguns dizem que se deve deixar o mercado funcionar, é disto que estamos a falar. O mercado a funcionar de forma desregulada é sinónimo de sufoco diário para quem quer ter o legítimo direito a uma casa”, acrescentou.

Neste sentido, a CDU propõe que, para esta “situação de emergência como a que está a ser vivida na Região”, seja o Estado a garantir o financiamento necessário para responder a este “drama social”, através de fundos próprios como aquando da Lei de Meios, específica para ajudar as famílias afectadas pelo 20 de Fevereiro.

No final das declarações, a cabeça de lista afirmou que é necessário que a Madeira tenha deputados na Assembleia da República que “verdadeiramente defendam os interesses de quem vive na Região”.

“Até hoje, nenhum, mas mesmo nenhum, eleito pela Madeira na Assembleia da República, desencadeou todos os meios e esforços para garantir a mobilização de fundos para a resolução deste problema. Nenhum foi capaz de fazer frente aos poderes instalados, mesmo que hoje tentem passar a ideia junto da população de que farão agora, o que deveriam ter feito antes”, considera Herlanda Amado.

A CDU garante que é uma “voz combativa e resistente” e que desenvolverá na Assembleia da República “todas as iniciativas legislativas, fazendo as pressões necessárias, para garantir que este flagelo social seja resolvido, garantindo assim o direito à casa a milhares de famílias trabalhadoras”.