O CDS Madeira anunciou esta noite que vai concorrer às eleições legislativas de 23 de março com listas próprias e está “disponível para dialogar e negociar com todos os partidos depois do ato eleitoral para dar estabilidade política e uma solução de Governo estável aos madeirenses”.
Esta foi uma das conclusões do Conselho regional e da Comissão Política do partido reunidos hoje para analisarem a crise política regional.
De acordo com o comunicado, resultante do encontro, o CDS afirma que “ao contrário de outros” partidos “não se isola, nem fecha portas”, mas sim “abre portas e apresenta soluções”.
“Após as eleições e depois do povo falar de forma livre e soberana, o CDS reafirma a sua disponibilidade para contribuir para uma solução de Governo estável e duradoura para a Região”, lê-se no comunicado.
Partindo do pressuposto de que “os madeirenses estão fartos de crises e de eleições”, o partido liderado por José Manuel Rodrigues defende que “o dia 23 de março tem de ser um dia de clarificação na política regional, no sentido de podermos ter um Governo com suporte parlamentar nos próximos 4 anos”.
O CDS elenca, desde já, as prioridades do Programa de Governo que vai apresentar no sufrágio: “Ampliar a Autonomia e obrigar o Estado a cumprir o princípio da continuidade territorial e da solidariedade nacional, através de uma nova Lei de Finanças das Regiões Autónomas; Reformar o sistema político, com ética e transparência e a separação clara do poder político dos poderes financeiro e económico; Modernizar a Administração Pública Regional, descentralizando e desburocratizando serviços e reduzindo as gorduras e as despesas públicas; Manter o crescimento económico, mas com muito mais justiça social na distribuição da riqueza, combatendo a pobreza e as desigualdades sociais; Diminuir os custos de insularidade e os preços dos bens essenciais por via do controlo da subida preços; Reorganizar os setores da agricultura e das pescas, baixando os custos de contexto e dos fatores de produção, aumentando as suas valias e o rendimento dos pecadores e produtores; Reduzir os impostos diretos e indiretos e valorizar os salários, em particular da classe média e dos mais jovens; Reformar e reorganizar os setores da Saúde e da Segurança Social, dotando-os de todos os meios necessários para responder às listas de espera e ao envelhecimento da população; Proteger os mais velhos e aumentar as pensões dos mais carenciados; Construir mais habitação, sobretudo para as famílias de menores rendimentos e para os jovens; e atribuir o subsídio de insularidade a todos os que vivem nas nossas ilhas, são os eixos fundamentais do Programa de Governo do CDS”.
A concluir, o CDS afirma que “vai às eleições ciente de que este é o momento mais grave da Democracia na Região e, por isso, apela ao povo da Madeira e do Porto Santo para que vote em quem demonstra Responsabilidade e Estabilidade, para que vote em quem oferece Confiança e Esperança para o Futuro da nossa Região”.