A árvore de Natal é, para muitos, a alma da casa nesta quadra festiva. Seja simples ou exuberante, com luzes coloridas ou em tons suaves, alta ou pequena, cada família imprime-lhe a sua identidade.
Nos últimos anos, porém, as árvores naturais têm vindo a perder terreno para as versões artificiais, cada vez mais sofisticadas. Há versões para todos os gostos e feitios, mas há quem continue fiel ao pinheiro verdadeiro e ao seu cheiro característico que anuncia a chegada da Festa.
É o caso de Albertina Silva, de São Roque do Faial, no concelho de Santana, que nunca chegou a se converter à árvore artificial, até porque o pinheiro natural já é uma tradição antiga no seio familiar.
Este ano, ainda não pôs mãos à obra. Diz que é cedo, até porque depois a árvore “começa a largar as agulhas”. E a ideia é, claro, conservá-la o máximo de tempo possível.
Todas as árvores que já montou ao longo da vida vieram do seu próprio terreno e, desta vez, não será diferente. A escolhida virá diretamente do seu jardim. “Gosto do cheiro da árvore natural e acho que tem um brilho diferente”, diz com convicção.
A ligação de Albertina à quadra é antiga. Em tempos, ela e o marido chegaram a vender árvores e musgo na zona do Mercado dos Lavradores, assim como os seus pais, um costume que, entretanto, se perdeu. “Elas (as árvores) cresceram muito e já estavam feias, não valia a pena vender”, recorda.
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