O palheiro de pedra da Mariazinha do Penedo, de portas pintadas de vermelho e telhado coberto de cabrinhas, é uma das propriedades icónicas do Chão da Ribeira, onde o panelo é mantido como manda a tradição. Neste dia, o cenário bucólico intensifica-se. Ao cheiro da natureza (quase sempre de terra molhada), funde-se o do cozido, que convida à partilha e a um dia inteiro de farra.
Rui Nelson, um dos netos da antiga proprietária, conhecido ‘seixaleiro’, defensor da natureza e dos usos e costumes locais, resiste à onda de reabilitação de palheiros para casa de férias ou Alojamento Local e todos os anos promove o afamado cozido no local.
A propósito, dá-nos a conhecer, na obra do historiador João Adriano Ribeiro (falecido em 2018) ‘Histórias e estórias do Seixal’, o capítulo dedicado ao panelo, em que é referido o palheiro de Maria das Neves, conhecida como Mariazinha do Penedo.
Sobre a data da tradição, que por vezes se ouve dizer que é no último domingo de janeiro, o autor esclarece que era (e continuam a ser) um convívio que se realizava no domingo a seguir às festas do padroeiro, o Santo Antão.
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