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Congresso "Folclore das Ilhas" refletiu sobre o papel dos grupos folclóricos

JM-Madeira

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Data de publicação
05 Dezembro 2022
11:58

Nos passados dias 25 e 26 de novembro decorreu, na Escola Agrícola de São Vicente, o Congresso "Folclore das Ilhas - Tradição e contemporaneidade", organizado pela AFERAM - Associação de Folclore e Etnografia da RAM.

Neste encontro, estiveram presentes 130 congressistas e vários oradores especialistas da Madeira, dos Açores, de Portugal continental e de Canárias.

Conforme explicita uma nota enviada à redação, este certame teve como objetivo "criar um espaço de reflexão, partilha e debate sobre as práticas e abordagens do movimento folclórico, no contexto da cultura tradicional e popular e da sua salvaguarda".

"Outro objetivo era perceber de que forma é possível a tradição existir nos tempos atuais sem por em causa a representatividade e a qualidade", adita a mesma nota.

Entre as conclusões que saíram deste 1.º Congresso destaca-se o reconhecimento do papel dos grupos de folclore no contexto atual como agentes culturais transmissores de valores e identidades, principalmente numa terra turística, onde há que evitar a "mercadorização" e a "turistificação" do folclore.

"O papel dos grupos de folclore é mais importante que de nunca, na medida em que estes poderão ser já a única forma de ligação entre o passado e o presente. O trabalho das associações etnográficas reforça o sentido de identidade e pertença, que é determinante, até, para assegurar a soberania das nações", destaca a organização, que ressalta ainda o entendimento de que, no contexto atual, o trabalho em rede e a criação de sinergias são essenciais.

"É necessário promover uma ação pedagógica junto das autoridades políticas para que estas reconheçam o Folclore como Cultura e o apoiem financeiramente. É importante realizar um trabalho junto das escolas para que a cultura tradicional faça parte dos currículos, pois é conhecendo e amando que nos preocupamos em manter. Um dos bons exemplos é ensino dos cordofones madeirenses. O movimento folclórico tem de conhecer o seu contexto histórico e todo o processo de folclorização", concluiu-se ainda.

Este encontro mais reconheceu que o Festival Regional de Folclore em Santana e a Revista Folclore têm sido essenciais na divulgação do trabalho desenvolvido por todos os grupos de folclore da região, além de ser um incentivo ao trabalho continuo de recolha e inventariação, e considerou ser possível rentabilizar o sucesso Mundial do Ukulele e a exploração do conceito de "Ilha Berço do Braguinha-ukulele", criando pontes dos cordofones tradicionais com outras regiões do mundo.

Lusa

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