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Artigo de Opinião

Nutricionista

18/11/2024 03:30

A pouco tempo de chegar o Natal, já que não se reflete, muitas vezes, sobre bons valores, ao longo do resto do ano, acho que será a altura ideal para pensar um pouco no respeito que temos uns pelos outros.

Esta é uma questão muito sensível, porque o que é e deixa de ser respeito roça os limites de cada um. E nos tempos que correm, onde tudo o que dizemos, acaba por ser quase sempre rotulado, limita de forma correta ou incorreta a nossa forma de expressão:

Liberdade de expressão, sim existe liberdade de expressão! Existe!?

Estamos a chegar ao tempo de extremos! Se por um lado há quem “vomite” de forma despreocupada todo o tipo de comentários e opiniões, por outro, há quem rotule e denuncie, opiniões pessoais respeitosas e sem discriminação de algum tipo!

Por exemplo, nas redes sociais, há quem debite a informação que quer e entende, provavelmente, porque, escrever de forma espontânea é muito fácil quando estamos atrás de um écran e se não existe ninguém, diretamente, para nos confrontar. Desrespeitar e brincar com publicações e pessoas é muito fácil!

Já alguém que tem uma opinião sobre um determinado tema e a expõe, respeitosamente, principalmente no que toca a temáticas sensíveis, como por exemplo, sexualidade ou política ou emigração, é logo rotulado como pessoa xenófoba ou racista ou discriminatória. Exemplificando, se num debate sobre sexualidade, alguém diz que não concorda com relações abertas e prefere a monogamia, não interpelando de forma negativa quem opta por esse tipo relacionamento, não significa que está a desrespeitar ou discriminar quem o faz. Discriminar é o ato de diferenciar, distinguir, separar. É o ato de excluir ou por de parte alguém, seja porque motivo for. Não é esse o caso!

Cada vez mais, a liberdade de expressão está a ser castrada porque, assiste-se sucessivamente, ao desvirtuamento da informação. Ninguém pode pronunciar determinadas palavras, porque serão logo rotulados de “Bullies”! Qualquer dia, confiscam peças de teatro, rasuram-se momentos históricos, porque são ofensivos e bloqueiam-se debates na televisão.

Calma pessoas, nem tanto ou mar, nem tanto à terra! É verdade que existe, ainda, muita discriminação, mas caramba, vamos avaliar bem cada situação, caso contrário entramos outra vez em uma ditadura, onde ninguém tem direito a opinião e só se fala do tempo e não existem debates saudáveis porque tudo é um julgamento! Não esqueçamos que é do debate e do diálogo que nasce, muitas vezes, a evolução!

É tudo uma questão de respeito! Podemos ter opiniões diferentes, sem “chamar nomes”, sem desrespeitar ou excluir, sem guerras e com civismo. Se queremos respeito temos que respeitar! O respeito não é unilateral.

Então eu quero que respeitem a minha sexualidade e não respeito a sexualidade do outro? Mesmo a opção sendo a convencional? Faz sentido? Será o convencional agora anormal?

Como também, quero que respeitem o facto de ser emigrante e a minha cultura, no entanto, não aceito nem respeito a cultura do país que me acolhe? É certo?

Ainda, é importante não discriminar no local de trabalho. No entanto, sobe na carreira, alguém que é por exemplo, de uma cultura diferente, para que a empresa fique bem vista perante todas as comunidades e sociedade, apesar de outro funcionário ter tido uma muito melhor nota e avaliação. Não será isso também discriminação?

Se somos todos iguais, não temos de ser tratados, TODOS, com igualdade, respeito e sem discriminação. Não temos TODOS, liberdade de expressão, claro que, de forma respeitosa? Não temos TODOS, direito a uma opinião?

Comunicar, ouvir, dialogar, perceber intenções, com calma e ponderação! Sim, está a faltar muita calma! É tudo uma questão de respeito!

Carina Teixeira escreve à segunda-feira, de 4 em 4 semanas

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