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Artigo de Opinião

14/01/2023 08:00

E entre alegações de desconhecimento e indignação com os sucessivos escândalos desta nova normalidade socialista, passaram-se os últimos meses de governação de um elenco, putrificado desde o seu âmago, que nada fez por Portugal nem pelos portugueses, sem ser servirem-se a si próprios. É encher a mula até mais não, que é como quem diz, até ser nomeado para o governo.


Verde: Suplementação alimentar gratuita às mulheres

A partir deste mês, é possível a qualquer mulher que esteja a programar uma gravidez, que esteja grávida ou a amamentar, obter de forma gratuita, a suplementação alimentar necessária para o bom desenvolvimento e crescimento dos seus bebés. Este apoio do Governo Regional visa garantir que toda a nutrição necessária ao desenvolvimento das gerações futuras está disponível e acessível, desde o apoio dado pelos nutricionistas em ambiente clínico, à suplementação alimentar em ácido fólico e iodo, para suprir as necessidades nutricionais acrescidas nesta fase da vida.


Amarelo: O bolo da avó e a epidemia da burrice

O misturar factos com suposições, é sempre um risco e um perigo, que aliado à necessidade de chocar, seja para vender livros, seja para fazer intervenções políticas, é um flagelo público. Falo da notícia do Expresso, que lança o alarmante 42% de crianças portuguesas com peso a mais, e cuja autora do livro "25 erros alimentares nas crianças", comenta dizendo que "os avós facilitam, têm sempre um bolo ou bolachinhas para os netos", ao que mais adiante acrescenta, que os avós adoram netos que continuam a comer e não conseguem parar. Pobres avós! Só faltava serem os culpados do excesso de peso dos netos. Não é o bolo da avó que vai entupir as artérias dos meninos, nem aquela bolachinha que os vai deixar agarrados ao açúcar, a obesidade infantil é uma doença multifactorial, que envolve as componentes genéticas, ambientais e comportamentais das pessoas. Imputar uma doença tão complexa ao "mimo" dos avós, parece-me uma receita para a catástrofe. Por cá, a bancada do PS, sofrendo da epidemia acima referida, diz que a Madeira tem a maior taxa de obesidade infantil do País e que a culpa é do Governo Regional. Para além de isto não ser verdade, de 2008 a 2019, todas as regiões portuguesas apresentaram uma diminuição da prevalência de excesso de peso e obesidade infantil. Se calhar fruto das políticas de prevenção de doença. Estes dados são públicos e estão disponíveis no site do Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas Sociais e Saúde. Isto de perceber de adubos, não qualifica para perceber de nutrição e saúde.


Vermelho: Douradinhos de peixe a preço de ovas de esturjão

Poderá dizer-se que o orçamento familiar português entrou com o pé esquerdo em 2023. Os portugueses já vinham a sofrer há algum tempo, com a escalada de preços dos alimentos e bebidas, superior à própria inflação, mas janeiro apresenta-se como recordista na subida de preços dos bens alimentares. Numa avaliação de preços de um cabaz alimentar essencial, a Deco Proteste verificou um aumento de 19,48%, desde as vésperas da guerra na Ucrânia e a primeira semana de janeiro deste ano. Para termos uma ideia, os produtos que mais encareceram foram o leite e produtos lácteos, a par da carne, pescado e ovos, que se configuram como os dois grupos de alimentos mais consumidos pelos portugueses, logo após os cereais e derivados. Certinho e direitinho, onde nos dói mais. E se antes se aconselhava o consumo de produtos congelados para contornar o preço mais elevado dos alimentos frescos, há que dizer que os congelados sofreram um aumento, na ordem dos 20,33%. Aliás, nesta avaliação da DECO, o produto alimentar que mais aumentou de preço, foram os douradinhos de peixe com 38%, numa razão de 1,80 euros por embalagem. Isto é comer pescada e pagar por ovas de esturjão.

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