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Artigo de Opinião

11/01/2024 08:00

A história fala-nos do Toque de Midas e de como tudo, por esta via, se transformava em ouro. No PS (e no país também, infelizmente), Pedro Nuno Santos teve o condão de tudo transformar. Só que, no máximo, para uma espécie de metal barato.

De congresso em congresso, por lá e, daqui a nada, por cá, o Partido Socialista vai confirmando aquilo a que já nos habituou: também não melhora nada por onde passa.

Se olharmos para o percurso do seu famigerado e mais recente líder, rapidamente se percebe que este partido quase tem mais cadastro político do que currículo. O último encontro nacional, no passado fim-de-semana, foi a prova disto e a antevisão clara do toque que Pedro Nuno gostaria de dar ao país se chegasse a Primeiro-Ministro.

Os momentos hilariantes são vários e até podiam ter bastante piada se em causa não estivesse um homem, e um partido que se julga capaz de governar Portugal e a vida dos Portugueses.

No arrendamento, o antigo ministro da habitação deu a conhecer uma proposta que veio a ser apelidada de “penso rápido”, pela Associação dos Inquilinos Lisbonenses, e de “absurda, radical e extremista”, pela Associação Lisbonense de Proprietários.

Na educação, e aos professores em concreto, Pedro Nuno prometeu melhores salários, mas nem sequer falou da recuperação do tempo de serviço, levando a que a Fenprof e a FNE pedissem medidas mais concretas, em vez do que chamaram de “discursos genéricos”.

Na saúde, o PS assumiu o caos quando Pedro Nuno disse que pretendia investir no Serviço Nacional de Saúde para que este conceda “uma resposta de qualidade às necessidades dos portugueses, mas para que também dê novas respostas a necessidades de sempre dos portugueses”.

Sobre a TAP e a CP, Pedro Nuno enumerou as maravilhas da sua governação. Só ficou mesmo a faltar a lembrança da mensagem decisiva, via whatsapp, sobre o futuro de Alexandra Reis. Outros quinhentos!

Nas relações internas – dentro do PS, leia-se – assistimos a um rol de críticas à governação. Socialista, por sinal. Como se esta autocomiseração safasse Pedro Nuno de alguma coisa. Parece que se esqueceu que os problemas que elencou advêm do governo do qual fez parte.

O toque de Pedro Nuno mostrou-se, ainda, quando anunciou estar a preparar um “novo ciclo”, que surge após “os acontecimentos de Novembro último” que “interromperam (...) um ciclo político de estabilidade de uma governação com provas dadas”. Foi mais longe, dizendo, até, que “será um novo capítulo no livro da nossa democracia e do desenvolvimento do país que queremos”. Uma piadinha fácil, que qualquer um consegue fazer quando brinca ao faz de conta.

Para fechar este texto, não podia deixar de lembrar a “palavra de solidariedade e de reconhecimento ao camarada António Costa por tudo o que fez pelo nosso país e proporcionou aos portugueses”.

Da nossa parte, por tudo o que, aos Portugueses, Costa proporcionou e pelo que o toque de Pedro Nuno anuncia, o repto ao País só pode ser um: PS, nunca mais!

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