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Artigo de Opinião

Economista

10/08/2023 08:00

Na era da informação, onde as inconsistências são rapidamente notadas e questionadas, o secularismo seletivo da RL deixa muitos perplexos.

Recordemos o brilho e o júbilo das luzes de Natal que iluminam as nossas ruas e edifícios governamentais a cada dezembro. A origem destas exibições de luz e cor está inegavelmente enraizada em tradições religiosas que remontam ao paganismo. No entanto, a RL, com todo o seu fervor secular, não liderou campanhas para acabar com esta prática.

Da mesma forma, as celebrações dos Santos Populares, e outros santos padroeiros, por este país fora que têm claros tons católico-romanos, continuam a ser celebradas com o endosso das câmaras municipais por todo o país. Mais uma vez, o silêncio da RL é tão palpável quanto perplexo.

Além disso, não esqueçamos dos feriados religiosos que pontuam os nossos calendários e nos dão pausas no trabalho. Se a RL estivesse verdadeiramente comprometida com um estado laico, não seria o fim destes feriados (e quiçá a substituição destes por feriados políticos) os primeiros na sua lista de preocupações?

Claro, cada organização tem o direito de escolher as suas batalhas. Mas, para uma associação que se orgulha de promover um estado laico, estas inconsistências lançam sombras sobre a sua credibilidade.

Para ser claro, este não é um argumento contra o secularismo ou a separação da igreja e do estado. Tal separação é essencial para uma sociedade moderna, inclusiva e diversificada. No entanto, se alguém pretende defender uma causa, especialmente uma tão significativa quanto esta, deve fazê-lo com consistência e integridade.

Seria encorajador ver a RL envolver-se num diálogo construtivo sobre estas questões e oferecer soluções alinhadas com os valores que afirmam ter. Até lá a sua posição sobre questões de religião e estado, observada através das suas objeções seletivas, parece mais paradoxal do que baseada em princípios.

No final, é responsabilidade das organizações e seus sócios, especialmente aquelas com vozes influentes, garantir que a sua defesa permaneça transparente, consistente e fiel aos seus valores fundamentais. Só assim poderão efetivamente provocar a mudança que desejam ver, assim, deste modo é a pura hipocrisia que sustenta o preconceito ideológico dos ideólogos da laicidade, qualidade de quem é laico ou leigo, ou seja uns "nabos", o que significa em "madeirense puro" ignorantes.

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