Os maiores problemas do Porto Santo, são a dupla insularidade e a sazonalidade.
Relativamente a sazonalidade, não há hipótese de combatê-la, uma vez que a ilha vive quase exclusivamente da sua magnifica praia de areia para atrair turistas, e não se conhece, desde tempos antigos, propostas políticas, que ultrapassem este grave problema.
Apesar de ser uma ilha paradisíaca, o clima não está bom o ano inteiro, mas sim exclusivamente no verão, primavera e inícios de outono.
Não estamos perante um clima tropical, que permita fazer praia o ano inteiro, mas o clima também não é mau, para viver, aí, sendo ameno.
Hoje em dia, o Porto Santo, está muito mais desenvolvido, com serviços, hipermercado, restauração de qualidade, e servido pelos seus 19 táxis e três praças de táxis, também ideal, para andar de acelera ou com um carro velhinho.
A nível de restauração, não poderia deixar de dar uma palavra de apreço, ao meu grande amigo, Ricardo Ferreira, actualmente, o maior empresário de restauração do Porto Santo, que a muito custo e com a resiliência da excelência da sua cozinha e serviço, tem sido, uma das principais valências para dinamizar e propagar a imagem do Porto Santo por esse mundo afora, e tem também, conseguido ainda habituar os porto-santenses a uma experiência gastronómica de luxo ímpar. A meu ver, o ex-libris, da restauração de Ricardo Ferreira, são o Panorama e o Pé na Água, paragens obrigatórias para quem visita ou vive no Porto Santo, sem ser excessivamente caro para a qualidade inigualável no Município Porto-Santense. Quanto ao seu carácter, pela sua inexcedível qualidade humana e humildade desarmante, conseguiu o que poucos madeirenses conseguiram, pelo menos do que me lembro, transformar-se num autêntico porto-santense. Se bem que na minha opinião a mentalidade do porto-santense, alterou, já não revela qualquer tipo de complexo de inferioridade em relação ao madeirense, sendo que a cultura e abertura de espírito chegaram ao Porto Santo na minha opinião.
Sou do tempo, em que o madeirense tinha uma vida difícil no Porto Santo, não era aceite, e tinha de andar com a bola baixa. Reconheço que o porto-santense, é cada vez mais um habitante do arquipélago da madeira, de pleno direito. Não tenho nada contra os seus habitantes, esta é apenas uma opinião ou impressão que tenho vinda da minha adolescência, quando ia no verão ao Porto Santo, e ficava no saudoso e velhinho parque de campismo.
A estadia no Porto Santo, por sua vez, está pelas horas da morte, super-cara, e impregnada do malfadado all inclusive, que tanto mal faz ao turismo de qualidade.
Quanto ao campo de golfe, parece-me ter sido um erro, e pouco ou nada deve trazer ao Porto Santo, apesar de não estar certo disso, é apenas uma opinião de quem não está dentro do turismo de golfe.
O Governo Regional, nunca fez muito pelo Porto Santo, são apenas, 5 mil e tal votos, o número dos seus habitantes, um número extremamente reduzido para um universo de 250 e tal mil madeirenses.
Até as casas no Porto Santo, estão muito mais bonitas, principalmente na zona da Calheta.
Quanto ao poder local do Porto Santo, pouco ou nada tem feito para combater a dupla insularidade, é preciso reduzir ainda mais o preço das viagens para os habitantes do Porto Santo, e criar mecanismos para que haja, mais fretes e mais meios de transportes o ano inteiro.
Em conclusão, o Porto Santo é um sítio fantástico, para vir passar uma temporada e relaxar.