O México registou hoje a primeira morte pelo vírus da gripe das aves, segundo as autoridades regionais de saúde.

“Ao início da manhã, recebemos a confirmação da trágica morte de uma menina de três anos, que estava hospitalizada. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos”, disse o secretário de Estado da Saúde de Coahuila, Eliud Aguirre, aos meios de comunicação locais.

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde tinha anunciado este primeiro caso de infeção de humanos pela gripe aviária (H5N1).

Eliud Aguirre referiu que ainda não foi determinada a origem da infeção da criança, que estava hospitalizada em Torreón.

No entanto, o governante adiantou que está a ser estudada a possibilidade de uma tempestade de poeira ter arrastado resíduos infetados de aves ou gado.

As autoridades estão agora a averiguar a possibilidade de existirem outros casos de infeção e a controlar as explorações avícolas. Até ao momento, não se registaram testes positivos.

Os sintomas da gripe aviária em humanos podem incluir conjuntivite, tosse, febre alta, dores musculares e falta de ar.

Em 2024, os EUA, que fazem fronteira com o México, registaram 66 dos 81 casos de humanos infetados pelo vírus H5N1.

Em Portugal, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, apontou, em meados de fevereiro, a existência de cinco focos domésticos e quatro focos selvagens de gripe das aves.

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

Em final de janeiro, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) disse, no parlamento, que Portugal não tem casos de gripe das aves em humanos, mas referiu que a vigilância tem de ser ativa para proteger os trabalhadores.