MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Advogado

31/08/2024 08:00

A Judiciária confirmou que o incêndio que deflagrou na Madeira foi causado por um foguete na Serra de Água. Nas notícias disseram que nada tinha a ver com o Arraial religioso celebrado aí, tinha sido originado numa festa privada. Foi confirmado que a PSP, autorizou o lançamento de foguetes, o que a meu ver não deveria ser permitido no Verão, fosse que festa fosse.

Ao que tudo indica, o Governo e as autoridades competentes, fizeram um mau trabalho na gestão e controle do incêndio. Primeiro porque dizem que poderia haver combatido o incêndio logo no início onde deflagrou, pois estava numa reduzida área. Depois para vergonha das vergonhas, o Albuquerque e o Pedro Ramos decidiram manter-se de férias no Porto Santo enquanto a alarvidade do incêndio dinamizava-se por toda a Madeira. Quanto a mim embora estes não fossem combater o fogo, tinham enormes responsabilidades e no mínimo poderiam ter agraciado os madeirenses com a sua presença. Na minha opinião estes últimos episódios representam, o canto do cisne, dum governo que está mais que morto, que manteve a mesma equipa gasta e tem um Presidente ultra desgastado, pela sua constituição como arguido em processo onde se lançam suspeitas sobre a sua integridade, como também pelo facto de ter perdido o Funchal e Câmara de Lobos contra Manuel António nas internas. Estamos falando dum presidente bastante desgastado, e que a oposição não quer como chefe do governo, nem grande parte da estrutura interna do seu partido. Não se entende como Albuquerque, ainda se sente confortável como Presidente do Governo, qualquer outro madeirense, com consciência e noção do feedback, teria saído, é inexplicável como este se mantém e porque se mantém no poder. Esperemos que venha daí uma moção de censura para termos novo governo e um pouco de mais alento pelo futuro da Madeira. Diga-se, também que não ficou muito bonito a Albuquerque, a purga que promoveu no seio do Governo, eliminando os apoiantes de Manuel António e todos aqueles que não o apoiaram e estavam em lugares de destaque, foi uma verdadeira razia ideológica no meio da governação.

Quanto à única oposição capaz de fazer sombra ao governo, o partido socialista, teve um comportamento vergonhoso durante o incêndio, fazendo política com desgraça alheia. Não chego ao ponto de dizer que estavam contentes com a intempérie, mas bem que a usaram para dizer mal do governo e tudo o que andava, eram especialistas em tudo até em ontologia. A meu ver, uma verdadeira vergonha, deveriam ter sido mais íntegros, poderiam ter criticado, mas guardado a presunção e água benta para momento mais oportuno. Mas digamos que é um partido que caiu em desgraça, com o seu líder, melhor presidente, completamente agastado com uma imagem miserável dentro e fora do partido, apenas seguro pelos caciques do costume que mandam no PS há mais de 20 anos, um poder que se está a eternizar na oposição, e cujo único objectivo desses caciques, que não seriam ninguém fora da política, é manter-se nos seus tachos proporcionados pelo PS, e como são poucos tachos andam todos à porrada, o famoso saco de gatos. Um PS tachista como sempre, fraco de ideias e com promoção de abróteas na assembleia e dentro da esfera partidária. Sempre com Miguel Iglesias como pano de fundo, mas que poucos votos vale, vivendo este da imagem já decadente de Cafofo. Parece-me que também o seu lugar está em risco. Até dizem que o Avelino Conceição deputado conhecido pelo seu silêncio e filmes de carácter acidental, é que decide as eleições no PS, mandando nos votos de quase 200 militantes a quem parece oferecer tudo, digamos que é um bom rapaz.

Assim concluo a minha maledicência, esgotando os meus 3500 caracteres de escrita.

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