A UMa desempenha um papel central no desenvolvimento socioeconómico e cultural da região, funcionando como um farol de conhecimento, inovação e reflexão crítica. Num momento em que os desafios globais, como as alterações climáticas, a sustentabilidade económica e a transformação digital, assumem proporções cada vez mais urgentes, a UMa emerge como um motor indispensável para a construção de um futuro resiliente e sustentável. Como IES numa região insular e ultraperiférica, a Universidade enfrenta desafios únicos, mas também possui a oportunidade ímpar de liderar pelo exemplo, desenvolvendo soluções adaptadas à realidade local que podem inspirar outras comunidades em situações semelhantes. Este compromisso com a sustentabilidade não se limita à investigação e à formação, mas estende-se a um diálogo ativo com a comunidade, promovendo uma visão integrada para o futuro.
Na investigação, vários são os projetos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia ou pela União Europeia, com impacto direto na sustentabilidade. Vejamos, a título de exemplo alguns desses projetos:
O projeto AGROSUS pretende encontrar e introduzir novas abordagens agroecológicas para controlar ervas daninhas nos campos europeus, evitando o uso de herbicidas sintéticos.
O projeto DIGIAQUA, concluído em dezembro de 2024, pretendeu criar biossensores inovadores, novas modalidades e novos entendimentos para apoiar a inovação comercial europeia para preservar o bem-estar dos peixes e a qualidade alimentar para os humanos em linha com os objetivos da Agenda 2030 para uma aquacultura sustentável. Visou contribuir para acelerar o desenvolvimento da aquacultura intensiva, permitindo o cumprimento das metas estabelecidas pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 2030 de fornecer 60% de peixe consumido pelo homem.
O Projeto ECOMARIS responde às necessidades estratégicas para o desenvolvimento sustentável da economia azul nos territórios insulares do Programa de Cooperação (Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe). A cooperação na aplicação da abordagem ecossistémica é uma oportunidade para enfrentar desafios comuns com uma perspetiva integradora e inovadora para: (1) cobrir lacunas de dados através de metodologias e tecnologias inovadoras e de baixo custo, que permitam aumentar a quantidade e qualidade dos dados espaciais, promovendo a tomada de decisões com base na melhor informação disponível, estruturando os dados e informações para analisar possíveis riscos e opções de gestão para a sustentabilidade dos recursos marinhos; (2) desenvolver mecanismos de transferência de recursos científicos, tecnológicos e negócio, com vista à especialização inteligente, que facilite o desenvolvimento de uma oferta competitiva de produtos e serviços; (3) reutilizar o conhecimento gerado no âmbito da Década das Ciências Oceânicas para o Desenvolvimento Sustentável da UNESCO e difusão da Cultura Oceânica.
Muitos outros projetos de investigação poderiam aqui ser referidos.
Este conhecimento produzido na investigação é ‘derramado’ na formação e educação, oferecida pela UMa, pois reconhecemos a importância de formar profissionais preparados para os desafios atuais, voltados para a inovação sustentável.
A UMa é um agente de mudança. Assim, sendo, necessita de investimento contínuo em educação e investigação para enfrentar os desafios do futuro.
A Madeira, como região insular e ultraperiférica tem uma responsabilidade e oportunidades únicas de ser um exemplo global em sustentabilidade.