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Artigo de Opinião

10/09/2024 06:00

A criação é o ato mais difícil de fazer em toda a humanidade, até Deus só o consegui concretizá-lo uma vez. Um mentiroso cria a mentira toda a vez que fala. Torna-se algo natural, a sua fala começa a entrar numa espiral de mentiras, falsificações, ocultações, manipulações, que o ato da criação fica em algo impuro. Um mentiroso fica, posteriormente, irrelevante para a sociedade e para o ato de criação.

O mentiroso acaba por autodeclarar-se Barão, para ficar dono do seu mundo e da sua realidade. Realidade em que o Barão conta os seus feitos perante o mundo, das atrocidades que conquistou, das dificuldades que passou, enquanto manjava com os atuais barões. O Barão, acha-se dono do mundo, e que o mundo, na sua realidade, está obediente perante as ordens do mesmo.

Um mundo que responde aos seus caprichos, aos seus domingos, em que quem está por baixo é somente um degrau para se apoiar até chegar ao céu, numa escada criada pelas mentiras.

O seu ego aumenta exponencialmente com as suas mentiras, o sentimento de impunidade surge como a armadura do Barão, pronto para ir uma guerra criada por ele, com os inimigos imaginados por ele.

O problema de um mentiroso é que cria um exército. Um exército puxado a si por promessas, mentiras e manipulações, que acaba por transformá-lo num pseudoprofeta. Que ataca como Cerberus, lançados a quem questiona o Barão.

Mas a queda do mentiroso acontece quando ele próprio já não distingue a mentira da verdade. Quando deixa de ser Barão e acha-se Deus.

As mentiras, começam a ser confrontadas com as verdades, as falsificações são confrontadas com os originais, as ocultações tornam-se descobertas e as manipulações tornam-se ineficazes, tocadas por um género de espírito.

O exército deixa de ser alimentado pelas promessas e os soldados começam a ficar com fome, procuram outra fonte de alimentação. Na armadura começa a aparecer fendas, uma pequena aqui, outra ali e o Barão continua a acreditar na sua impunidade.

Os verdadeiros barões começam a fugir, e a sua força começa a desvanecer. Os seus feitos transformam-se em banalidades, os seus mais leais começam a vê-lo como realmente é, um mentiroso. As dificuldades que passavam são reveladas como dias de lazer, em praias paradisíacas, os seus feitos passam a ser visto como simples mentiras.

E o Barão tornou-se irrelevante para a sociedade, pois tal é a punição para alguém que quer enganar algum Deus.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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