O que o presidente da Câmara Municipal do Funchal anda há tantos meses a alertar e a pedir, tendo, inclusivamente, neste caso, o apoio da GNR da Madeira, que é a cooperação policial entre PSP e GNR para que possam atuar nas mesmas áreas, beneficiando, deste modo, a segurança e propriedade, pública e privada da cidade e dos cidadãos, é possível, mas só em Lisboa, Porto, Algarve, conforme decisão anunciada, orgulhosamente, pela República a 13 de Junho, isto depois de dias antes terem estado na Região, em concreto a secretária de Estado da Administração Interna, que, mais uma vez ignorou o Funchal, fazendo orelhas moucas e, pior, vindo com teorias absurdas de classificar a problemática da segurança como questões sociais, mas só para a Madeira e Funchal, não para o Continente. Lá, ao que parece, não há problemas sociais…

O Ministério da Administração Interna, o mesmo que nega ao Funchal o que lhe foi pedido, o mesmo que acha descabida a preocupação de Pedro Calado, já tomou a decisão com as mesmíssimas razões que o presidente da CMF usou para justificar, e bem, o seu pedido: mais e melhor segurança das pessoas, mais e melhor eficiência e eficácia das forças de segurança, mais e melhor aproveitamento dos recursos humanos e materiais do Estado.

Mas ainda pior do que a República, em especial este governo, de quem, como tanto se tem visto, pouco ou nada valha esperar, estejamos nas ilhas ou não, são as cumplicidades republicanas do que cá estão e que, não o esqueçamos, estiveram oito anos à frente do Funchal e nada fizeram para resolver a situação (correção: na verdade, fizeram. Podem rir à vontade, que foi isto e nada mais do que isto Uns cacifos, com cadeado, no Jardim do Campo da Barca para a malta guardar melhor o "bloom" e uma proposta que não aplicaram de entregar às pessoas sem-abrigo um código postal).

Mas além destes, que nada dizem de verdadeiro e útil sobre a situação e que não usam o suposto privilégio afetivo político que dizem ter com a República para ajudar a resolver este problema que é um problema de todos nós e que a todos afeta e não apenas aos residentes mas também aos nossos visitantes e, que eu saiba, o turismo continua a ser brutalmente fundamental para o emprego, economia e PIB, desta terra, outros há e não são poucos que, na ânsia, de chegarem ao parlamento nas próximas eleições regionais, adotaram o mesmo registo crítico contra a CMF e o Governo Regional, mas contra a República e a Administração Interna que é quem tutela as forças de segurança, neste país, nada dizem.

Ou seja, e sejamos honestos e francos sobre o que estes comportamentos significam: não pensam nos problemas dos madeirenses e não são dignos sequer de se candidatarem a tais cargos públicos que almejam - convém nunca esquecer qual é o calibre da hipocrisia desta gente: nas mãos dos outros os cargos são tachos, nas deles, são sentido de missão e trabalho público, só falta dizerem que nem o ordenado levam para casa…

Entretanto, os dias passam e o MAI continua a ignorar-nos e ao que é necessário fazer. Não querem nem mais nem menos do que os outros, apenas o que é possível para Lisboa, Porto e Algarve, PSP e GNR a trabalharem conjuntamente e nas mesmas áreas, em benefício das pessoas.

Lisboa, Porto e Algarve, VÃO TER O QUE O FUNCHAL ANDA A PEDIR HÁ UM ANO: PSP E GNR A TRABALHAR NAS MESMAS ZONAS.